Ana Amélia: Senado deve ser exemplo para o Brasil no combate à corrupção

Da Redação | 28/03/2012, 15h50

A senadora Ana Amélia (PP-RS), em discurso nesta quarta-feira (28), voltou a afirmar não ter compromisso com o erro, e franqueou seu apoio à apuração minuciosa de toda denúncia de corrupção envolvendo parlamentares, seja do seu partido ou não, pois, para ela, o Senado Federal deve ser exemplo para o Brasil.

- Se um representante do povo, se um parlamentar que é eleito para legislar e fiscalizar a aplicação das leis não respeitar estas leis, nosso país não irá nunca amadurecer como democracia. Não irá erradicar nunca a cultura da impunidade – disse a senadora, que elogiou o DEM por ter expulsado o então governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, envolvido em um esquema de corrupção, e por ter agora afastado de sua liderança o senador Demóstenes Torres (GO), acusado de envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, preso na operação Monte Carlo, da Polícia Federal.

Ana Amélia também defendeu a adoção da Ficha Limpa para a contratação de servidores em cargos comissionados em todas as esferas do serviço público, e elogiou a prefeitura e a câmara de vereadores de alguns municípios que já utilizam o parâmetro para contratações. O início do debate pelo Conselho Nacional de Justiça, que caso aprove a regra, vai aplicá-la nas justiças federal, eleitoral, estadual, militar e nos tribunais de contas de todo o país, também foi comemorado pela senadora.

Segundo disse, o cenário político está sendo redesenhado, e vem avançando o trabalho sério para se evitar os crimes contra o patrimônio público no Brasil. Quem administra o serviço público tem a liberdade de preencher cargos sem concurso público, mas deve fazê-lo com responsabilidade, nomeando pessoas sem condenações por um órgão colegiado.

- Não tenho dúvidas de que a população brasileira espera um meio político moral, ético e com ficha limpa.

A parlamentar ainda elogiou a aprovação de proposta, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que acaba com o 14º e 15º para os senadores, um ganho não mais adequado à realidade dos trabalhos dos parlamentares em Brasília, a seu ver. Também defendeu a adoção de limites para os ganhos de ministros de Estado, que em sua opinião não deveriam acumular vencimentos com ganhos recebidos pelo trabalho feito em conselhos de empresas estatais.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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