Representantes do movimento negro defendem cotas no Programa Ciência sem Fronteiras

Da Redação | 26/03/2012, 12h35

Em audiência pública no Senado na manhã desta segunda-feira, representantes do movimento negro defenderam a inclusão de cotas no Programa Ciência Sem Fronteiras. Criado no ano passado pelo governo federal, esse programa financia o intercâmbio de estudantes e pesquisadores brasileiros no exterior.

Um dos participantes da reunião foi o frei David Santos, diretor da Educação Para Afrodescendentes e Carentes (Educafro). Ele afirmou que “a presidente Dilma Rousseff acertou em cheio quando criou o programa, mas sua equipe técnica errou feio ao não considerar a violenta exclusão que o povo negro sofreu”.

– Não podemos aceitar programas novos com vícios velhos. Uma compreensão equivocada de meritocracia gera exclusão – declarou ele.

Representando o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Guilherme Sales Melo disse que a inclusão de cotas no Ciência Sem Fronteiras é uma questão que pode ser discutida pelo governo.

A audiência pública foi promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH). O presidente dessa comissão, senador Paulo Paim (PT-RS), conduziu a reunião.

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Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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