Programa de bolsas no exterior deve incluir jovens cotistas, diz reitor

Da Redação | 26/03/2012, 11h50

O reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, José Vicente, disse que o programa Ciência sem Fronteiras, que distribuirá bolsas de estudo no exterior, talvez seja a única possibilidade, de num futuro próximo, capacitar os jovens negros. Na opinião dele, os jovens negros que estão nos programas de cotas das universidades e os que são beneficiados pelo Programa Universidade para todos (Prouni) não podem ficar fora do Ciência sem Fronteiras.

José Vicente disse ainda que a Faculdade Zumbi dos Palmares, localizada em São Paulo, é a que tem o maior percentual de negros no conjunto de alunos.

Para o coordenador do Centro de Convivência Negra da Universidade de Brasília (UnB), Ivair Augusto Alves dos Santos, o programa Ciências Sem Fronteiras só terá sucesso se tiver investimento, monitoramento e apoio aos jovens que participarem.

Ivair Augusto reafirmou a importância de se fazer um programa que respeite a história da população negra do país. Segundo ele, os jovens e adultos negros querem uma chance de estudar no exterior, e é preciso aproveitar o programa para capacitá-los.

Os dois debatedores participaram de audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) a respeito do programa Ciência sem Fronteiras. Iniciada às 9h, a audiência foi presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e encerrada às 11h40.

Mais informações a seguir

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

MAIS NOTÍCIAS SOBRE: