Para Magno Malta, álcool deve continuar proibido nos estádios

Da Redação | 22/03/2012, 18h45

O senador Magno Malta (PR-ES), em pronunciamento nesta quinta-feira (22), parabenizou a Câmara dos Deputados por adiar a votação da Lei Geral da Copa, que tem como um dos pontos mais polêmicos a possibilidade de venda de bebidas alcoólicas nos estádios. O senador mencionou os custos para os hospitais e à Previdência Social decorrentes de doenças e acidentes causados pelo consumo de álcool.

– O problema do Brasil não é crack, não é cocaína. O problema do Brasil é bebida alcoólica. Aí estão os números numa sociedade absolutamente hipócrita, que se alcooliza – protestou o senador, dizendo que a venda de bebidas na Copa, se for mantida na lei, não passará no Senado.

O parlamentar também criticou o governo por promover campanhas para prevenção do alcoolismo e divulgação da Lei Seca, ao mesmo tempo em que “se curva à imposição da Fifa” ao apoiar o Estatuto que autoriza a venda de bebidas em estádios.

– O governo agora manda liberar a bebida alcoólica para contemplar os fabricantes, o mercado financeiro, os milionários que estão preocupados com seus helicópteros e suas coberturas e não com o bem-estar das pessoas.

O senador indagou se o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), sabe quanto a Previdência gasta com as consequências das bebidas alcoólicas. Para Magno Malta, os parlamentares precisam ter “olhos e ouvidos abertos” diante das orientações de voto do governo.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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