Walter Pinheiro quer mais transparência para combater corrupção na saúde

Da Redação | 19/03/2012, 19h40

Reportagem exibida no último domingo pelo programa Fantástico, da TV Globo, que mostra o funcionamento um esquema para fraudar licitações de saúde pública, levou o senador Walter Pinheiro (PT-BA) a defender, nesta segunda-feira (19), em Plenário, a adoção de medidas urgentes para dar mais transparência aos gastos do setor.

Em sua avaliação, a corrupção no setor de saúde pública será reduzida consideravelmente pela maior divulgação, na internet, de informações sobre as licitações e compras realizadas pelos hospitais públicos. Walter Pinheiro observou a divulgação na internet de informações sobre licitações públicas já está prevista na Lei de Acesso a Informação (Lei 12.527/2011) sancionada pela presidente Dilma Rousseff no final do ano passado.

- Por que um servidor público tem que tratar às escondidas com fornecedores do serviço público? Por que aquilo não pode ser pela rede mundial de computadores? Não é publico? Não é dinheiro público? Por que aquilo não pode ser anunciado? – questionou, referindo-se à reportagem da TV Globo, que mostra o encontro entre um repórter, que fazia o papel de diretor do setor de compras do hospital da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e empresários que ofereciam propinas.

Walter Pinheiro sublinhou que o controlador-geral da União, ministro Jorge Hage, defendeu a aprovação da Lei de Acesso à Informação e tem defendido a ampla divulgação de dados sobre compras públicas na internet. Segundo o ministro, disse Walter Pinheiro, a publicação de informações sobre licitações poderia permitir à Controladoria-Geral da União (CGU) antecipar-se à ocorrência das fraudes, tornando possível a adoção de providências antes de consumarem crimes contra o patrimônio público.

ICMS

No início de seu pronunciamento, Walter Pinheiro informou que a bancada do PT deverá se reunir, nesta segunda-feira (19), com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para discutir “caminhos e alternativas” para aprovação do Projeto de Resolução do Senado 72/2010 que uniformiza as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) interestadual para bens e mercadorias importados.

Para Walter Pinheiro, a redução dos incentivos do ICMS a mercadorias importadas – como é o caso dos benefícios deste tipo concedidos pelo estado do Espírito Santo – está entre as várias questões relacionadas ao pacto federativo que precisam ser resolvidos pelos senadores.

Segundo ele, o novo pacto federativo precisa tratar principalmente da eliminação das diferenças regionais por meio da definição de novos critérios para o Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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