Valadares comemora acordo que permitirá à Vale explorar potássio em Sergipe

O senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) comemorou nesta quarta-feira (14) o acordo envolvendo a concessão de lavra, pela Petrobras à Vale, para exploração de jazida de potássio no estado de Sergipe. O parlamentar informou que até 2015 a produção atingirá 2,2 milhões de toneladas de adubos, duplicando o nível atual e diminuindo consideravelmente a necessidade do país de importação do minério.

O insumo é fundamental, enfatizou o senador, para o desenvolvimento da agricultura no país, pela capacidade de geração de empregos e de aumento na produção de alimentos.

– A satisfação com que anuncio a esta Casa a concessão de licença ambiental para que a companhia Vale explore, no estado de Sergipe, o minério carnalita, do qual se extrai o cloreto de potássio num megaprojeto de US$ 4 bilhões, que propiciará, na sua fase de implementação, a criação de nada menos que cinco mil empregos – relatou.

Valadares lembrou que, embora o país seja produtor de potássio, a demanda interna crescente exige que o produto seja importado. Na agricultura, a dependência das importações chega a 90%, observou. O senador informou que na década passada foram gastos US$ 500 milhões na importação de produtos químicos derivados do potássio de países como Alemanha, Rússia, Israel e Canadá.

No Brasil, acrescentou, a produção se concentra nos estados de Sergipe e Amazonas, com uma produção de 14,5 bilhões de toneladas dos sais de potássio carnalita e silvinita.

– Nem todas as jazidas produzem e não houve, na última década, nenhuma nova descoberta, à exceção de uma pequena reserva em Tocantins. Sergipe é, de longe, detentor das maiores reservas de potássio do nosso país.

Valadares acrescentou que no município de Nova Olinda do Nordeste, no Amazonas, há reservas de silvinita de mais de 1 milhão de toneladas, mas o aproveitamento depende de definição do Petrobras sobre a concessão da lavra.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)