Flexa Ribeiro quer discutir impasse nas obras em Belo Monte
Da Redação | 13/03/2012, 20h05
O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) relatou nesta terça-feira (13) visita feita na semana passada ao canteiro de obras da usina hidrelétrica de Belo Monte. Segundo o senador, as obras estão adiantadas, porém condicionantes exigidas pelo Ministério Público estariam emperradas por falta de licença ambiental do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Flexa Ribeiro, presidente da subcomissão de acompanhamento das obras, disse que pretende reunir o Ministério Público Federal (MPF), o consórcio Norte Energia e o Ibama para relatar a audiência e discutir o impasse das condicionantes.
– Carlos Nascimento, presidente da Norte Energia, nos informou que a obra tem o seu cronograma com um atraso em torno de 2%, mas o que nos preocupa é que as condicionantes, ou seja, aqueles compromissos assumidos pelo consórcio empreendedor para que fosse dada a licença de implantação, envolvendo obras que devem somar algo em torno de R$ 3,2 bilhões, essas condicionantes não têm o mesmo ritmo que as obras da barragem – observou Flexa.
O parlamentar salientou ainda que, durante audiência realizada em Altamira (PA), ficou claro que parte da população dos municípios atingidos pela barragem é favorável e parte é contrária ao projeto.
Flexa também observou que a obra deve empregar, no pico dos trabalhos entre 2013 e 2014, até 24 mil trabalhadores. Ele informou que o valor da obra, estimado inicialmente em R$ 20 bilhões, pode atingir RS 30 bilhões até a conclusão.
O parlamentar foi aparteado pelo vice-presidente da subcomissão, Ivo Cassol (PP-RO), que demonstrou preocupação com a possibilidade de se repetir em Belo Monte o que ocorreu nas usinas do Rio Madeira, Santo Antônio e Jirau. Segundo Cassol, as madeiras de lei estão em campo aberto e poderão apodrecer antes de serem utilizadas na obra.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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