Cyro Miranda lamenta que dimensão da economia não se reflita na qualidade de vida no país

Anderson Vieira | 08/03/2012, 17h40

O senador Cyro Miranda (PSDB-GO) lamentou em Plenário, nesta quinta-feira (8), a pequena taxa de crescimento da economia brasileira alcançada em 2011. Por outro lado, observou que nem mesmo a relativamente boa colocação do país — 6ª posição — no ranking das maiores economias do mundo resulta em indicadores de qualidade de vida compatíveis com o tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2011.

— Não temos educação de qualidade, saneamento básico adequado ou atendimento à saúde e segurança publica à altura dos mais de quatro trilhões de reais correspondentes ao Produto Interno Bruto (PIB) — disse.

Cyro Miranda disse que “a análise fria dos números” revela claramente que o crescimento do PIB ficou bem abaixo da média mundial, ficando o Brasil atrás de todas as economias emergentes dos Brics – grupo que inclui, além do Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul.

Na avaliação do senador, o pequeno crescimento da economia brasileira não pode ser atribuído, como pretendem muitos analistas, à crise européia, mas muito mais ao forte processo de desindustrialização que o país tem enfrentado em razão da falta de competitividade das indústrias nacionais.

Com relação à estratégia adotada pelo governo federal de reduzir os juros, Cyro Miranda alertou para a possibilidade de que tal política estimule o consumo e traga de volta o risco da inflação causando também o aumento da inadimplência.

Na opinião de Cyro Miranda, para melhorar as condições da economia, o Brasil deveria buscar reequilibrar as dívidas dos estados, visando dar dinamismo às economias regionais.

— A liquidação lenta e gradual da dívida pública brasileira faria emergir novas regras no misterioso mercado financeiro com consequentes alterações no comportamento de seus operadores — afirmou.

O parlamentar considerou também fundamental o redimensionamento do tamanho da máquina pública. Em sua opinião, o país não pode ser bem administrado diante da existência de milhares de cargos comissionados e nem com elevado número de ministérios e secretarias do atual governo.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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