Marta Suplicy pede adiamento de projeto que inclui namoro na Lei Maria da Penha
Da Redação | 29/02/2012, 15h25
Pedido de Pedido de Vista da senadora Marta Suplicy (PT-SP) adiou, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), nesta quarta-feira (29), a votação de projeto de lei da Câmara (PLC 16/11) que enquadra agressão cometida por namorado na Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06). Marta fez a solicitação a pedido da senadora Ana Rita (PT-ES), que é relatora da CPMI da Violência contra a Mulher e pretende concentrar a discussão de propostas de mudança na Lei Maria da Penha nesta comissão mista.
A matéria recebeu voto pela aprovação do senador Magno Malta (PR-ES), que já apresentou seu parecer à comissão. A proposta aplica também ao namoro - mesmo que já tenha terminado - o conceito de "relação íntima de afeto" mencionado no artigo da Lei Maria da Penha que define violência doméstica.
Ao apresentar seu relatório, Magno Malta chamou atenção para a interpretação controversa da lei entre os juízes, o que justificaria a inclusão dessa menção específica ao namoro no texto em vigor.
-Acho de bom tom o projeto. Se ele não vem resolver, vem minimizar o problema - comentou Magno Malta.
Marta também considerou a proposta interessante e sugeriu que o texto legal seja preciso e claro ao estabelecer que qualquer relação íntima de afeto na qual um eventual agressor esteja ou não convivendo com a ofendida seria passível de enquadramento.
Desaparecimento forçado
Também foi retirado da pauta de votações da CCJ, desta vez a pedido do senador Pedro Taques (PDT-MT), projeto de lei (PLS 245/11) do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) que tipifica o crime de desaparecimento forçado de pessoa no Código Penal, com penas que podem chegar a 40 anos de reclusão. Taques é relator da proposta, para a qual elaborou Substitutivo .
Essa decisão foi negociada com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que, assim como o relator do PLS 245/11, entende que o projeto precisa de ajustes. Marta considerou o projeto bom e fez um apelo a Taques para que não amplie muito as penas, fator que a levaria a votar contra.
- Não acredito que aumento de pena faça diminuir a criminalidade - afirmou a senadora por São Paulo.Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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