José Agripino diz que greve das polícias é 'fogo de monturo'

Da Redação | 13/02/2012, 18h17


O senador José Agripino (DEM-RN) disse que as greves nas polícias "estão latentes, não estão encerradas". Para ele, é preciso cuidar das polícias "antes que seja tarde". O representante potiguar comparou nesta segunda-feira (13) a situação nas polícias com o "fogo de monturo". Ele explicou que este é o fogo que queima o monte de lixo por debaixo, aos poucos, até consumir tudo.

José Agripino disse ser preciso estabelecer um acordo entre União e estados para que se garanta uma melhoria salarial para os policiais de todo o país. Para ele, a solução passa pelo Fundo Nacional de Segurança.

O senador acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter criado a insatisfação ao anunciar, em setembro de 2009, um salário de R$ 4.000,00 para os policiais. A única corporação a receber o piso anunciado pelo ex-presidente foi a Polícia Militar do Distrito Federal - que é paga com recursos da União -, causando insatisfação nas outras tropas.

­- Foi uma solução utópica que criou um grande problema que agora nós todos vamos ter de resolver - afirmou, lembrando que tal piso deixaria muitos estados brasileiros em descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. 

Denúncias de Requião

No mesmo pronunciamento, José Agripino destacou o "discurso gravíssimo" feito minutos antes pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR), com denúncias sobre Bernardo Figueiredo, indicado pela Presidência da República para ocupar novamente o cargo de diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

- Amanhã, a manchete do Jornal do Senado deveria ser o alerta do senador Requião para o indicado para a ANTT, para que o Palácio do Planalto pudesse ler, para vermos ser vai insistir ou não na indicação - afirmou.

O senador acrescentou que denúncias já forçaram o governo a retirar o nome encaminhado para direção de agência reguladora, antes mesmo de ser submetido à aprovação do Senado Federal.

O parlamentar foi aparteado pelos senadores Vital do Rêgo (PMDB-PB) e Aloysio Nunes (PSDB-SP).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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