Rollemberg registra Dia Mundial de Luta Contra a Aids

Da Redação | 01/12/2011, 20h19


O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), em discurso nesta quinta-feira (1º), registrou a passagem do Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Em sua opinião, são inegáveis os avanços obtidos pela comunidade científica nos últimos anos na redução da doença, inclusive no Brasil, mas é preocupante a elevação do número de contágios entre os jovens, especialmente. Embora o Brasil tenha um programa exemplar de combate à Aids, assinalou o senador, não se pode baixar a guarda nas campanhas de prevenção.

- É preocupante que o índice de contaminação entre jovens de 15 a 24 anos tenha crescido. São pessoas que têm mais acesso a informações sobre o assunto do que os jovens das décadas de 1980 e 1990, que viveram o temor de uma doença desconhecida e a propagação de dados errados e preconceituosos - afirmou.

Os números foram divulgados nos últimos dias pela Unaids, agência da Organização das Nações Unidas (ONU) que lida com o tema. Nos últimos anos, mais de uma adolescente de 13 a 19 anos foi contaminada pelo HIV por dia. Desde 1998, o número de mulheres adolescentes entre 13 e 19 anos infectadas por ano no Brasil vem superando o número de homens infectados com a mesma idade.

Apesar disso, o número de novas infecções pelo HIV caiu de 3,1 milhões, em 2001, para 2,7 milhões, em 2010. Na América Latina, os números da epidemia continuam estáveis, com uma média de 100 mil novos casos de infecção a cada ano desde 2001. As mulheres representam um terço das pessoas infectadas até 2010. No Brasil, de 1980 a junho de 2011, 608.230 pessoas foram infectadas com o vírus. Segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 34,2 mil novos casos de Aids no ano passado, contra 35,9 mil em 2009 - números ainda bastante elevados. A taxa de incidência da doença passou de 18,8 por 100 mil habitantes, em 2009, para 17,9, em 2010. As Regiões Sudeste, Sul e Norte concentram as maiores incidências.

COP 17

Rodrigo Rollemberg também registrou a realização da Conferência do Clima de Durban (Cop 17), a seu ver, sob um cenário pouco promissor. Segundo disse, não há boas perspectivas para a prorrogação do Protocolo de Kyoto, com resistências do Japão, Rússia, Austrália, Canadá e Estados Unidos e as chances de se fechar o acordo climático global, para o corte substancial de emissões de gases de efeito estufa são poucas. Além disso, a crise econômica internacional poderá comprometer o Fundo Verde Climático, sendo muito pouco provável que se cumpram as metas de destinar recursos aos países em desenvolvimento, até 2020, para o enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas.

A possível aprovação do novo Código Florestal (PLC 30/2011), agendada para a próxima terça-feira (6), também foi comemorada pelo parlamentar. Segundo explicou Rollemberg, ao contrário do que vem sendo divulgado por algumas organizações não-governamentais, com a aprovação do Código Florestal e com a recuperação das áreas de preservação permanente e a recuperação das áreas de reserva legal para as propriedades acima de quatro módulos fiscais, previstas no Código, o Brasil terá provavelmente o maior programa de reflorestamento e o maior programa de sequestro de carbono do mundo.

- O que estamos fazendo é construindo um código realista, um código que obrigue a recuperação das áreas de preservação permanente, mas que aponte para a construção de instrumentos econômicos que incentivem a preservação. É essa mudança de foco que temos de dar a este debate. E temos de esclarecer a verdade, porque há muita manipulação de informação. A população precisa saber o que efetivamente está dito na proposta de código florestal que votaremos na próxima terça-feira - disse.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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