Simon elogia marcha contra a corrupção, mas desaconselha CPI

Da Redação | 08/09/2011, 16h38


Em pronunciamento nesta quinta-feira (8), o senador Pedro Simon (PMDB-RS) fez um apelo à oposição no Senado para um entendimento no combate à corrupção. O senador observou que embora as Comissões Parlamentares de Inquérito sejam positivas, neste momento é necessária a união entre oposicionistas e aliados do governo para promover as mudanças necessárias.

- Nesse movimento, para ele poder dar certo, temos de ter grandeza. Ele não pode ter as cores nem os sentimentos partidários contra ou a favor - disse o senador, dirigindo-se ao líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR).

Até agora, 126 deputados e 20 senadores assinaram o pedido de criação de uma CPI mista para investigar a corrupção no governo. Para que a CPI seja criada, são necessárias as assinaturas de 171 deputados e de 27 senadores.

Além de se dirigir à oposição, Pedro Simon afirmou que o governo não pode tentar "esmagar" os oposicionistas e rebateu críticas de líderes do PT aos parlamentares que fazem parte da Frente de Combate à Corrupção. De acordo com alguns petistas, o movimento estaria imitando Carlos Lacerda na campanha que fez contra Getúlio Vargas.

- O PT e os seus líderes tem que sair da sua soberba - criticou o senador, que negou qualquer semelhança entre os movimentos.

Jovens

O senador elogiou a marcha contra a corrupção realizada durante as comemorações da Independência do Brasil, na quarta-feira (7) em Brasília, movimento que, segundo ele, reuniu 40 mil pessoas.

- Ontem não foi um dia comum. Ontem foi um dia excepcional na história do Brasil. Ontem foi um dia realmente extraordinário - comemorou o senador ao citar manchetes dos jornais sobre a manifestação.

Simon também elogiou a organização do movimento por meio das redes sociais e a participação dos jovens, que comparou com o movimento das Diretas Já. Para ele, o movimento não será em vão.

- O que ali começou não vai parar; vai ser levado adiante e vai ter resposta.

Apesar de considerar as manifestações importantes, o senador disse que é necessário que o movimento eleja princípios, como o fim da infidelidade partidária e a mudança na lei para que corrupção de torne crime hediondo. Para ele, os jovens podem fazer o que o Congresso, sozinho, não fará.

- Vocês, jovens, podem fazer aquilo que nós não temos condições de fazer. Deste Congresso, meus jovens, só nós, não sai nada - afirmou Simon, que falou sobre brechas nos projetos da reforma política que estão sendo apreciados no Senado.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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