Wellington Dias propõe que mudanças da reforma política passem a valer no fim da década

Da Redação | 22/02/2011, 12h02

O senador Wellington Dias (PT-PI), um dos 15 parlamentares indicados para compor a Comissão da Reforma Política do Senado, recomenda que, entre as mudanças que vierem a ser propostas pelo grupo, os itens mais polêmicos passem a vigorar nas eleições que ocorrerão daqui a cinco ou dez anos.

- Defendo que, para as mudanças resultantes da reforma política, devemos definir uma data no futuro, 2016, 2018 ou 2020, para que os interesses imediatistas não possam jogar pressão sobre o trabalho da comissão - disse ele em entrevista Agência Senado na manhã desta terça-feira (22), antes da solenidade de instalação da comissão.

Já com relação aos temas de consenso e que tratem de normas para garantir segurança eleitoral, o parlamentar disse que eles devem ser priorizados, para que possam valer já nas eleições de 2012. Como exemplos, ele citou regras para coligações e aperfeiçoamentos na Lei da Ficha Limpa.

- Podemos aprovar agora o que for possível para dar maior segurança e maior estabilidade ao processo político-eleitoral - frisou.

Trabalho por temas

O senador também sugeriu que a comissão organize seu trabalho por temas, tais como despesas e receitas para campanha; ética e fidelidade partidária; mandatos e reeleição; adoção de eleições unificadas; e sistema de voto.

- Hoje devemos definir um conjunto de temas que merecem um debate especial. A partir daí, ouviremos juristas, especialistas e a sociedade - disse.

Para Wellington Dias, é muito curto o prazo de 45 dias dado pelo presidente do Senado, José Sarney, para a conclusão dos trabalhos da comissão. Ele prevê que a comissão deve trabalhar até o recesso parlamentar de julho, ficando para o segundo semestre a votação das propostas em Plenário.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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