Presidente do Congresso passará a tropa em revista no início da Legislatura - entenda o significado do gesto
Da Redação | 24/01/2011, 13h28
No próximo dia 2 de fevereiro, quando chegar ao Congresso para inaugurar o ano legislativo, o presidente do Senado e do Congresso Nacional, que será eleito na véspera, passará a tropa em revista. No gramado em frente ao Parlamento, será dado um toque de saudação e o comandante da Guarda de Honra do Batalhão da Guarda Presidencial o conduzirá para, no jargão militar, avaliar o moral da tropa.
Em 1º de janeiro, numa cerimônia realizada no Legislativo, a presidente Dilma Rousseff fez a mesma coisa: depois de tomar posse, jurar cumprir a Constituição e discursar aos parlamentares, saiu do Congresso e passou a tropa em revista na condição de comandante suprema das Forças Armadas.
Ali, ao som da "Marcha da Guarda em Revista", Dilma Rousseff deslocou-se pela frente da tropa e parou diante da Bandeira Nacional para reverenciá-la e beijá-la. Só então, despediu-se dos presidentes do Senado e da Câmara e dirigiu-se ao Palácio do Planalto para receber a faixa presidencial.
Rito
Passar a tropa em revista é um rito merecedor de inúmeras normas adotadas pelo Ministério da Defesa. Remonta à antiguidade a prática de reis, comandantes militares e governantes em geral passarem em revista suas tropas, para demonstrar confiança e apreço por elas. De acordo com o Centro de Comunicação Social do Exército, o objetivo histórico é verificar seu aprestamento para as batalhas.
O mesmo Centro de Comunicação Social informa que, praticada pelas civilizações egípcia, síria e macedônia, a revista da tropa é realizada desde o Império nas solenidades governamentais brasileiras. A música executada nesse evento geralmente é a "Marcha dos Cônsules". Quando Dilma Rousseff passou a tropa em revista, no entanto, foi executada a "Marcha da Guarda em Revista".
Cerimônia
De acordo com as normas do Ministério da Defesa, o rito se inicia com a autoridade homenageada ocupando um lugar previamente assinalado. Nesse momento, são dados os toques indicativos para a tropa apresentar arma e olhar à direita.
O comandante da Guarda de Honra inicia sua apresentação informando seu posto e seu nome de guerra. Ato contínuo, informa o motivo da apresentação: "Guarda de Honra pronta para a revista".
Durante a revista, ele acompanha a autoridade, seguindo sua cadência, com a espada perfilada, dois passos à direita e dois à retaguarda, de modo que o homenageado se desloque mais próximo da tropa.
A banda de música geralmente toca a Marcha dos Cônsules, na cadência de 100 passos por minuto. A tropa acompanha a autoridade com os olhos, girando a cabeça em sua direção. Simultaneamente com o homenageado, o comandante presta continência à Bandeira Nacional, quando por ela passar. No dia 1º de janeiro, Dilma Rousseff inclinou o tronco para a frente, numa reverência à Bandeira e, em seguida, a beijou.
Três passos à retaguarda do dispositivo, em local previamente assinalado, termina a revista. O comandante apresenta-se novamente à autoridade.À distância de dois passos do homenageado, ele abate a espada e declina novamente seu posto e seu nome de guerra. Em seguida, anuncia: "revista da guarda de honra encerrada".
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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