Brasil deve cobrar metas climáticas de países ricos, diz representante do Itamaraty

Da Redação | 25/11/2010, 10h39

As metas voluntárias assumidas pelo Brasil colocam o país em posição tranquila para cobrar compromissos mais audaciosos de países ricos na Conferência das Partes da Convenção de Mudanças Climáticas, a COP 16, que será realizada no México, de 29 de novembro a 10 de dezembro. A afirmação é de Sérgio Barbosa Serra, embaixador extraordinário do Brasil para mudanças climáticas.

O governo brasileiro assumiu, no âmbito da 15ª conferência das Nações Unidas sobre mudança climática (COP 15), em 2009, o compromisso de atingir a redução de 36,1% a 38,9% das emissões de gases de efeito estufa projetadas até 2020. No entanto, Sérgio Serra não acredita que as metas dos países ricos serão melhoradas como deseja o governo brasileiro, a comunidade cientifica, as ONGs e grande parte da opinião pública mundial.

Conforme recomendado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), os países ricos deveriam reduzir entre 25% a 40% as emissões de gases de efeito estufa, com relação a 1990. Para ele, a posição do governo dos Estados Unidos, que não conseguiu passar pelo Legislativo projeto de energia e clima, deve desestimular os demais países desenvolvidos a ampliar seus compromissos.

Sérgio Barbosa Serra participa de audiência pública na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA)

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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