Cristovam considera ida de Dilma à Copenhague 'atitude eleitoreira'

Da Redação | 21/12/2009, 18h40

Em pronunciamento no qual qualificou de fracasso a 15ª Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas ( COP 15 ) em Copenhague, na Dinamarca, semana passada, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) também classificou de "oportunismo eleitoreiro" a presença, nas negociações, da ministra da Casa Civil e candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff.

- Muitos governantes foram lá pensando em seus projetos nacionais para as eleições. O presidente Lula mandou Dilma, submetendo o Brasil ao seu calendário eleitoral - disse o senador, ressaltando que interesses políticos dos grandes países também se sobrepuseram aos interesses humanitários em relação às ameaças ao meio ambiente.

Cristovam, que representou o Congresso Nacional em uma reunião de 150 parlamentares na Dinamarca - evento que ocorreu paralelamente ao COP-15 -, lamentou ter constatado que a atmosfera envolvendo o encontro da ONU, aferida por ele nas ruas de capital dinamarquesa, era de derrota. "Quem leu as notícias percebeu que o mais importante encontro mundial em relação ao futuro da humanidade fracassou", disse, ao responsabilizar líderes políticos dos grandes países poluidores pelo fato.

Para ele, os acontecimentos na Dinamarca permitiram assim comprovar que "o medo do que temos em relação ao que vai acontecer ao mundo é decorrente da incapacidade do mundo político de perceber a dimensão do problema e trazer propostas alternativas".

Ao encerrar, o senador chamou a atenção para o apelo feito no COP-15 por autoridade das Ilhas Maldivas, nação situada no Oceano Índico, que fez um alerta para o aumento do nível do mar, o que coloca em risco a sobrevivência daquele território.

- Estão alarmados porque o aquecimento lá traz conseqüências em curto prazo, enquanto a ameaça para muitos é de longo prazo - disse Cristovam.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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