Jefferson Praia quer esclarecimentos sobre fechamento de postos da PF no Amazonas

Da Redação | 24/09/2009, 17h28

O senador Jefferson Praia (PDT-AM) comunicou nesta quinta-feira (24) a apresentação de requerimento de informações ao Ministério da Justiça sobre o fechamento das bases flutuantes da Polícia Federal de Candiru, no Rio Amazonas; Anzol, no Rio Solimões, e Grarateia, no Rio Sá. O parlamentar disse ter informações de que o fechamento foi determinado por falta de verba para pagamento dos agentes destacados para trabalhar nessas bases.

- Essas três unidades, ao encerrar suas operações, abriram grave lacuna na segurança amazônica, visto desempenharem papel importantíssimo na defesa da nossa fronteira norte, contra o contrabando, o narcotráfico e o tráfico de armas - disse.

De acordo com Jefferson Praia, lideranças indígenas têm relatado que o uso de maconha pelos jovens tem produzido efeitos mais nocivos que os da bebida alcoólica.

Isolados

O senador também denunciou a condição precária de sobrevivência de comunidades indígenas situadas na região noroeste da Amazônia, mais precisamente no município de São Gabriel da Cachoeira (AM). Ele informou que a população do local, de difícil acesso, não tem sido beneficiada com os programas sociais do governo federal e registra índices de mortalidade infantil semelhantes aos dos países mais pobres da África.

Com lanchas da Fundação Nacional do Índio (Funai) e Fundação Nacional de Saúde (Funasa) empilhadas por falta de motor, os profissionais de saúde que ainda se dispõem a trabalhar naquelas regiões dependem de favores de terceiros para chegar às aldeias e tratar de doenças como a diarreia, a campeã de mortes no local.

Jefferson Praia informou que os ministérios responsáveis já foram comunicados e ficaram de tomar as devidas providências.

- É inadmissível ficarmos apenas nos discursos, enquanto não vemos as ações concretas serem realizadas.

Cúpula de Copenhague

Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) criticou a postura defendida pelo Brasil na abertura 64ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta quarta-feira (24). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu destaque à questão do golpe militar em Honduras, e só abordou de forma superficial o tema do meio ambiente, num momento em que o mundo se prepara para a cúpula sobre mudanças climáticas que acontece em dezembro em Copenhague, na Dinamarca.

Para o senador, o Brasil tem que chegar à cúpula com uma posição clara a respeito do modelo de desenvolvimento sustentável a ser defendido.

Para Jefferson Praia, é importante que todos os países estabeleçam essas metas, especialmente os mais poluidores. Ele também disse esperar que os povos da Amazônia sejam levados em consideração nas discussões da cúpula.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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