Para Ideli Salvatti, oposição usa ex-secretária da Receita para constranger Dilma Rousseff

Da Redação | 18/08/2009, 20h16

A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) afirmou da tribuna que os partidos da oposição estão usando as declarações de Lina Vieira, ex-secretária da Receita Federal, para constranger a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que, conforme disse, deverá ser a candidata do governo à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

- A senhora Lina tinha de trazer a prova de que a sua reunião com a ministra Dilma aconteceu. No mínimo, tinha de trazer a data e ele nada trouxe - sustentou, lamentando que os senadores tenham passado cerca de seis horas tratando das declarações da ex-secretária durante reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

A mesma comissão, disse a senadora, aprovou logo depois, "em menos de dez minutos e sem maiores debates", projeto que cria a Universidade Federal da Fronteira do Sul, que terá campus em cinco cidades - Chapecó (SC), Laranjeiras do Sul (PR), Realeza (PR), Erechim (RS) e Cerro Largo (RS) - e vai atender, gratuitamente, a cerca de 10 mil estudantes.

Ideli Salvatti criticou o fato de, na hora da sua votação deste projeto, estarem presentes à CCJ apenas sete senadores, enquanto nas seis horas em que a ex-secretária da Receita foi questionada, passaram pela comissão "mais de 60 senadores".

Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) aplaudiu a criação da Universidade Federal da Fronteira do Sul. Também em aparte, o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) disse que saiu da CCJ convicto de que a ex-secretária da Receita Federal está falando a verdade ao sustentar que teve uma reunião com a ministra Dilma Rousseff.

Mudanças Climáticas

Ideli Salvatti também comunicou ao Plenário que a Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Congresso, da qual é presidente, reuniu-se na última sexta-feira (14) com a Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa de Santa Catarina, em Florianópolis. Na oportunidade, foram ouvidos especialistas e discutidos os problemas climáticos dos países que fazem parte da bacia do Rio da Prata (Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina e Chile).

A região, disse a senadora, tem enfrentado problemas sérios, como é o caso de enchentes e secas em Santa Catarina e sugeriu que estes países assinem um acordo para diminuir suas emissões de poluentes. Ela fez nesta terça-feira um relato da reunião de Santa Catarina na Comissão Mista de Mudanças Climáticas.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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