Comentando pesquisa do Ipea, Ideli Salvatti comemora redução da pobreza e da desigualdade
Da Redação | 05/08/2009, 16h53
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) comemorou os resultados positivos do estudo Desigualdade e Pobreza no Brasil Metropolitano Durante a Crise Internacional: Primeiros Resultados, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De acordo com a senadora, o estudo mostra que não houve aumento da pobreza, exclusão social, desigualdade social ou da concentração de renda no país durante a crise econômica internacional. Ela destacou que o Índice de Gini chegou a 0,493 no Brasil, primeira vez que o índice fica abaixo de 0,5 no país. Quanto mais baixo o índice, menor a desigualdade de renda, ou seja, quanto mais perto de 1, mas desigual é o país.
- Os números são extremamente alvissareiros, importantes e positivos - disse.
Ideli disse que, embora a crise econômica tenha interrompido o curso de crescimento econômico brasileiro, as ações do governo federal de desoneração fiscal, redução da taxa de juros, aumento do crédito público e do salário mínimo proporcionaram uma maior segurança ao Brasil.
O estudo também mostra, emendou Ideli, que cerca de 4 milhões de pessoas saíram da pobreza nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre desde 2002.
- É a primeira vez que conseguimos enfrentar a crise saindo, comparativamente com os outros países, bem economicamente e principalmente socialmente, ou seja, fazendo com que as pessoas possam continuar melhorando de vida, comprando mais, tendo acesso a melhores bens, a uma qualidade de vida melhor - comemorou.
Em aparte, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) ressaltou que as Regiões Norte e Centro Oeste não fizeram parte do estudo do Ipea, que não refletiria a grande desigualdade regional brasileira. Também em aparte, a senadora Fátima Cleide (PT-RO) afirmou que os investimentos do governo federal estão ajudando a reduzir a desigualdade regional do país.
Ideli aproveitou para dizer que o programa Bolsa-Família tem papel importante na distribuição de renda brasileira.
- Está comprovado que programas como o Bolsa-Família, que atinge mais de 11 milhões de famílias, o maior programa de distribuição de renda do planeta, são fundamentais para produzir esse tipo de política, como é o caso da recuperação do salário mínimo acima da inflação. É isso que distribui, é isso que fortalece o mercado interno, é isso que inclusive ajudou a enfrentar a crise. E é para isso que serve a política. A política serve para melhorar a vida das pessoas, e não para a gente ficar em tiroteio, como nós estamos, infelizmente, aqui no Senado da República - concluiu Ideli.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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