Oposição obstrui LDO até instalação do Conselho de Ética

Da Redação | 14/07/2009, 18h53

Depois de esperar por quase duas horas pelos senadores da base do governo na sala de reuniões nº 2, no final desta terça-feira (14), senadores da oposição afirmaram que não pretendem votar qualquer matéria enquanto não for eleito o novo presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Os senadores governistas não compareceram à reunião, tornando impossível a eleição.

Os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marisa Serrano (PSDB-MS) disseram à imprensa que a oposição tentará impedir inclusive a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Sem essa votação, o Congresso não poderá começar oficialmente o recesso de 15 dias de meio de ano, que teria início sábado (18). O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que também esperou pela reunião, manifestou a intenção de obstruir as votações, pelo mesmo motivo.

Demóstenes disse que os senadores da base do governo não compareceram à reunião "por briga entre eles para ver quem será o presidente do Conselho de Ética". Segundo o parlamentar, o PMDB teme que, se um senador de outro partido assumir a presidência do conselho, a representação do PSOL ou as denúncias do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) contra o presidente do Senado, José Sarney, "poderão levar até a um pedido de cassação".

Pelo Regimento Interno do Senado, depois de eleitos pelo Plenário os novos integrantes do Conselho de Ética, o que ocorreu na tarde desta terça-feira (14), o senador mais idoso preside a reunião destinada à eleição do presidente do conselho. O mais idoso é o senador Paulo Duque (PMDB-RJ), mas ele não compareceu à reunião. Estava presente o segundo mais idoso, senador Eliseu Resende (DEM-MG), mas não houve quórum para a eleição.

Da Redação / Agência Senado

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

MAIS NOTÍCIAS SOBRE: