João Pedro sugere transparência no esclarecimento dos atos secretos

Da Redação | 15/06/2009, 19h06

O senador João Pedro (PT-AM) sugeriu, em discurso nesta segunda-feira (15), que o Senado adote uma posição "forte e transparente" em relação aos atos secretos da Mesa e às horas extras pagas durante o recesso parlamentar, observando, no entanto, que é preciso tomar cuidado com acusações generalizadas aos servidores da Casa.

João Pedro assinalou que as denúncias que vêm sendo feitas pela imprensa desde a semana passada, sobre os atos secretos e o pagamento de horas extras durante o recesso, atingem a todos os 81 senadores. O senador disse desconhecer tanto o pagamento de horas extras quanto a existência dos atos secretos, mas vem sendo cobrado por esses fatos.

- É da competência da área administrativa do Senado, mas sobra para todos nós. Ninguém assume a responsabilidade e o Senado é que paga por isso - disse o senador.

O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) disse, em aparte, que os senadores têm a obrigação de esclarecer a população sobre o pagamento de horas extras durante o recesso, lembrando que, mesmo nesse período os servidores continuaram trabalhando além do horário normal.

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que o ponto fundamental é a transparência e defendeu o direito dos servidores receberem pelas horas extras trabalhadas. Ele voltou a dizer que se o povo fosse consultado, através de plebiscito, escolheria pelo fechamento do Congresso Nacional devido a sua falta de importância e incapacidade de influenciar nas grandes decisões nacionais.

Jango

João Pedro ainda encaminhou um requerimento ao Ministério da Justiça e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, solicitando a abertura de investigação pelo governo brasileiro sobre as circunstâncias da morte do ex-presidente da República, João Goulart.

Ele apresentou como motivo a entrevista concedida pela viúva de Jango, Maria Teresa Goulart, à revista Carta Capital, em que relata os últimos momentos do exílio do marido, na Argentina, e o mistério em torno da forma como ele morreu. Segundo o senador, Maria Teresa revelou que quando Jango sofreu um ataque cardíaco seu médico havia viajado e seu corpo foi sepultado sem a devida autópsia. O senador lembrou que o agente secreto do Uruguai, Mário Neira Barreiro, garantiu num livro que Jango foi envenenado. 

Saiba mais:

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

MAIS NOTÍCIAS SOBRE: