Efraim diz que lista de hora extra foi preparada pelos gabinetes e por órgãos do Senado

Da Redação | 10/03/2009, 18h47

O senador Efraim Morais (DEM-PB) sustentou, em discurso da tribuna, que não teve responsabilidade, como 1º secretário do Senado no mês de janeiro, pela elaboração da lista de funcionários que fizeram hora extra naquele mês, apesar do recesso do Congresso. Afirmou que a lista é feita pelos chefes de gabinetes dos senadores e pelos chefes dos vários órgãos do Senado, os quais encaminham o documento diretamente à Secretaria de Recursos Humanos, para pagamento.

Assim, Efraim respondeu à matéria desta terça-feira (10) do jornal Folha de S. Paulo, o qual noticiou que o Senado pagou horas extras a 3.883 funcionários em janeiro, ao custo de R$ 6,2 milhões. O senador disse que, como 1º secretário, apenas assinou ofício sobre as horas extras obedecendo a "critério administrativo, vigente há anos, por ser o mês de janeiro de recesso parlamentar". O senador leu nota que havia distribuído mais cedo à imprensa.

Acrescentou que o próprio jornal informou que ele assinara ofício autorizando excepcionalmente o pagamento de horas extras em janeiro para os servidores que trabalharam naquele mês, tendo em vista os trabalhos de preparação do ano legislativo, com a eleição da nova Mesa da Casa.

Em aparte, o senador Almeida Lima (PMDB-SE) disse que era responsável pela lista de horas extras de seu gabinete, em janeiro, "porque todos trabalharam", observando que "só o Senado estava de recesso", mas ele, não. O senador Papaléo Paes (PSDB-AP), também em aparte, solidarizou-se com Efraim Morais, lembrando que o dirigente de um órgão público não é responsável pela elaboração ou conferência de listas de horas extras. Já o senador Tião Viana (PT-AC) disse que "a melhor atitude nessas horas é a proteção da verdade" e que Efraim relatava os fatos como eles ocorreram.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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