Mão Santa pede rejeição da MP que proibiu venda de bebidas alcoólicas em rodovias federais

Da Redação | 04/03/2008, 16h51

O senador Mão Santa (PMDB-PI) pediu aos senadores que rejeitem a medida provisória que proibiu a venda de bebidas alcoólicas em estabelecimentos comerciais localizados às margens de rodovias federais (MP 415/08). Para justificar sua reivindicação, o peemedebista comentou a situação de restaurantes e hotéis no pólo turístico de Luis Corrêa, próximo ao município de Parnaíba, no Piauí, que estariam na iminência de fechar as portas em decorrência da proibição.

- Beber pode; não pode é beber e guiar. É essa a educação que nós temos que exigir. Não uma MP! O que está dando de gente falindo, o que vi de gente chorando, gente que tem duas décadas com seu hotelzinho, sua churrascaria, não pode mudar de profissão de uma hora para outra. Vamos repensar isso - apelou, pedindo que ao menos as rodovias federais em áreas urbanas escapem da proibição.

Mão Santa sugeriu que a MP tenha sido apresentada por algum ministro - o qual chamou de "aloprado" - ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a teria assinado sem ler e enviado ao Congresso.

- O Luiz Inácio disse que não gosta de ler. Ele que disse! 'Ler uma página de um livro dá uma canseira. É melhor fazer uma hora de esteira', disse ele. Ele não lê! Assina e joga prá cá - afirmou o representante piauiense.

Para Mão Santa, quem deve ser punido é o motorista que toma bebidas alcoólicas, não o empresário ou o trabalhador que serve essas pessoas. E citou o exemplo dos Estados Unidos, onde a fiscalização é intensa e a punição, exemplar.

Em aparte, a senadora Kátia Abreu (DEM-PI) agradeceu à irmã do senador, citada por ele no início do pronunciamento, por tê-la escolhido como sua senadora preferida. Kátia Abreu também disse estar esperando um pedido de desculpas do governo Lula após um de seus integrantes ter chamado a oposição de irresponsável quando da derrubada da prorrogação da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), matéria relatada pela senadora. Mesmo sem a cobrança da contribuição, Kátia Abreu observou que a arrecadação federal, em janeiro, superou a do mesmo período do ano passado em R$ 13 bilhões, o que corresponderia a 30% de toda a arrecadação esperada da CPMF para 2008.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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