Heráclito cobra do governo incentivo ao uso racional de energia

Da Redação | 10/01/2008, 18h38

O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) disse que o governo federal já deveria ter iniciado uma campanha de conscientização da população para o uso racional de energia elétrica, como foi feito no governo de Fernando Henrique Cardoso. Em entrevista à Agência Senado, nesta quinta-feira (10), o parlamentar afirmou que o governo se precipitou ao garantir que o país não corre risco de novo racionamento de energia e deu o exemplo do município de Amarante, em seu estado, onde a distribuição de eletricidade já está limitada no período crítico, das 18 às 21 horas.

Heráclito lembrou que o setor industrial do país vem crescendo a taxas superiores a 5% ao ano, mas a produção de energia elétrica não está acompanhando esse ritmo crescimento. Para ele, "é preciso correr" com os novos investimentos na área, sejam eles realizados pela iniciativa privada ou pelo setor público.

O representante do Piauí também defendeu um maior controle do governo federal sobre determinados órgãos a ele vinculados, notadamente na área do meio ambiente:

- Defendemos a preservação do meio ambiente, mas não pode haver paranóia - afirmou o parlamentar, lembrando que vários projetos de geração de energia elétrica encontram-se paralisados em decorrência de falta de licença ambiental ou de pendências jurídicas relativas ao meio ambiente.

Heráclito, que é membro e já presidiu a Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI), observou que a comissão tem sido bastante atuante e manifestou a certeza de que seu atual presidente, senador Marconi Perillo (PSDB-GO), irá trazer a questão a debates tão logo termine o recesso parlamentar.

O parlamentar defendeu também a votação dos marcos regulatórios do setor pelo Congresso Nacional. Lembrou que os investidores se ressentem da ausência de várias garantias legais que, sem a regulamentação, não estão ainda vigentes.

Advertiu, em seguida, que os reservatórios das usinas hidrelétricas estão atingindo níveis críticos e que a crise do gás com a Bolívia está privando o Brasil desse importante combustível. Disse ter ouvido do prefeito de Amarante que, entre as 18h e as 21h, aparelhos de ar condicionado e geladeiras não funcionam na cidade:

- Um verdadeiro desastre - afirmou, denunciando que a distribuição de energia elétrica já está limitada na região.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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