Mesquita Júnior defende prioridade para a educação de jovens

Da Redação | 21/12/2007, 11h08

Em discurso da tribuna, o senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) alertou para a falta de acesso da maioria dos jovens brasileiros à educação de qualidade, ressaltando, em especial, a necessidade de criação de mais escolas técnicas no país. O parlamentar considerou como "alarmante" que apenas 12% dos jovens estejam matriculados no ensino superior, conforme dados do Ministério da Educação constantes de matéria da Folha de São Paulo desta sexta-feira (21), citada pelo senador. Também os dados contidos no editorial do Jornal do Brasil, dando conta de que 53,1% dos brasileiros entre 15 e 24 anos estão fora da escola e 20% não estudam nem trabalham, foram ressaltados por Mesquita Júnior para justificar a necessidade de prioridade à educação de jovens no Brasil.

- Precisamos fazer um esforço muito maior do que o que está sendo feito no sentido de acolhermos toda essa juventude que está solta. Precisamos abrir horizontes, abrir espaço para que os jovens possam participar do desenvolvimento do país - frisou.

Ao lembrar que menos de 10% dos jovens brasileiros têm acesso ao ensino técnico, Mesquita Júnior defendeu a aprovação de dois projetos de sua autoria que têm por objetivo a instalação de escolas técnicas federais no Acre. O senador propõe a criação de escola agrotécnica em Rio Branco e de escola técnica de construção naval na região do Juruá, com sede em Cruzeiro do Sul (AC).

- Nada melhor que a cidadania, representada pela educação e pelo emprego, para fazer com que essa juventude participe da vida política do país. Deixo esse assunto como uma preocupação que deve nos ocupar e nos mobilizar para o debate e a solução dos grandes desafios que ele representa - ressaltou o senador.

Mercosul

Em seu discurso, o senador também fez um balanço das atividades do Parlamento do Mercosul. Mesquita Júnior é presidente da representação parlamentar brasileira no órgão, cuja instalação se deu em dezembro de 2006. O senador destacou o início das atividades, a aprovação do regimento interno e o trabalho das comissões temáticas. Conforme observou, os integrantes do Parlamento do Mercosul buscam repercutir assuntos que interessam ao "cidadão mercosulino", suas necessidades e preocupações imediatas. Ele defendeu que o órgão tenha como foco principal a adoção de mecanismos para que a juventude dos países membros "possa circular livremente, intercambiar, participar de visitas e seminários".

O senador lamentou que, na última reunião da Cúpula de Presidentes do Mercosul, realizada dia 18 em Montevidéu, "o Parlamento do Mercosul tenha sido excluído".

- Considero isso um retrocesso político. O Parlamento foi desprestigiado pela cúpula do Mercosul - afirmou ele.

CPMF

Mesquita Júnior registrou ainda pesquisa realizada pelo DataSenado, que registra a aprovação de 78% dos entrevistados à decisão do Senado de acabar com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O senador também comentou a opinião de 95% dos entrevistados, os quais consideram haver muitos impostos no país.

- A pesquisa confirma a percepção da população de que a carga tributária é excessiva no Brasil - observou ele, ao opinar sobre o acerto dos senadores em rejeitar a prorrogação da CPMF.

Ao finalizar seu discurso, Mesquita Júnior agradeceu da tribuna "as milhares de mensagens recebidas de brasileiros de todos os cantos do país". O senador desejou "aos acreanos e acreanas e a todos os brasileiros" um Feliz Natal e um Ano Novo com melhorias para toda a população.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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