Congresso celebra Dia Internacional do Idoso

Da Redação | 02/10/2007, 12h29

O Brasil será o sexto país no mundo com o maior número de pessoas idosas nos próximos 20 anos. A informação foi apresentada pelo senador Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB, e pela deputada Rebecca Garcia (PP-AM), na justificativa que apresentaram para propor a realização da sessão solene do Congresso, destinada a comemorar o Dia Internacional do Idoso,nesta terça-feira (2). A data é celebrada no dia 1º de outubro.

A sessão, presidida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, foi aberta pela senadora Serys Slhessarenko (PT-MT). Após a abertura da sessão, Arthur Virgílio, que também esteve na direção dos trabalhos da Mesa, disse que a maior sorte de uma pessoa é a de chegar a ser idosa, pois nem todos têm esse privilégio.

Integraram a Mesa, além de Serys, Virgílio e Rebecca Garcia, a senadora Patrícia Saboya (PSB-CE) e Perly Cipriano, do Conselho Nacional dos Idosos. Na abertura da sessão, o Coral dos Cinqüentões da Universidade de Brasília (UnB) cantou o Hino Nacional e, em seguida, Asa Branca, de Luiz Gonzaga.

Idosos

O país tem, atualmente, 14,5 milhões de idosos, que representam 8,6% de sua população, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no censo de 2000. O IBGE considera idosos pessoas com 60 anos ou mais, mesmo limite de idade fixado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e informa que, em uma década, o número de idosos no país cresceu 17%.

Nos próximos 20 anos, a população idosa do Brasil poderá ultrapassar os 30 milhões de pessoas e deverá representar quase 13% da população ao final deste período. Em 2000, segundo o Censo, a população de 60 anos ou mais era de 14.536.029 de pessoas, contra 10.722.705 em 1991. O peso relativo da população idosa no início da década representava 7,3%, enquanto, em 2000, essa proporção atingiu 8,6%.

Os parlamentares registraram que, por volta de 2025, haverá mais idosos do que crianças no planeta, segundo dados da OMS. Esses dados devem servir de alerta para que o governo e a sociedade se preparem para tal realidade, pois ainda há desinformação, preconceito e desrespeito em relação aos idosos, principalmente nos países pobres ou em desenvolvimento, observou Arthur Virgílio.

O Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03), aprovado pelo Congresso, é um importante instrumento de defesa das pessoas da terceira idade, mas a luta pela garantia dos direitos do idoso continua sendo prioridade, afirmaram os parlamentares.

Os principais problemas que ainda são enfrentados por essa população no país, acrescentaram Virgílio e Rebecca, são a perda de contato com o mercado de trabalho, a desvalorização das aposentadorias e pensões, a depressão, o abandono da família, a falta de projetos e de atividades de lazer. Outro problema enfrentado pelos idosos no país é o difícil acesso a planos de saúde.

O Censo do IBGE registrou que as mulheres compõem a maioria dos idosos, representando 8,9 milhões (62,4%) dessa população no país. Com um rendimento médio de R$ 657, o idoso ocupa, cada vez mais, um papel de destaque na sociedade brasileira, de acordo com o IBGE, baseado em dados coletados nas grandes regiões, nos estados e em 5.507 municípios.

Ainda segundo esses dados, a maioria dos idosos vive nas grandes cidades, principalmente no Rio de Janeiro e em Porto Alegre (RS). Os idosos representam, respectivamente, 12,8% e 11,8% da população total nesses municípios. Em contrapartida, Boa Vista (RR) e Palmas (TO), no norte do país, apresentaram uma proporção de idosos de apenas 3,8% e 2,7%. Em termos absolutos, o Censo 2000 contou quase 1 milhão de idosos vivendo na cidade de São Paulo.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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