Zambiasi elogia discurso de Lula na ONU sobre mudanças climáticas

Da Redação | 26/09/2007, 16h34

O senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) elogiou, da tribuna, o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Organização das Nações Unidas (ONU), na terça-feira (25), em que enfatizou a urgência do enfretamento das causas das mudanças climáticas no planeta. Zambiasi ressaltou também a proposta do presidente de realização da Conferência Rio+20, em 2012, sobre meio ambiente, a exemplo da Rio 92.

Zambiasi ressaltou o alerta do presidente Lula para a "iminência de uma catástrofe sem precedentes e de conseqüências imprevisíveis", se os problemas ambientais não forem enfrentados. Ele citou textualmente o presidente quando este disse que é preciso "avaliar o caminho percorrido e estabelecer novas linhas de atuação", acrescentando que "se o modelo de desenvolvimento global não for repensado, crescem os riscos de uma catástrofe mundial e humana sem precedentes."

O presidente Lula também cobrou dos países industrializados que dêem o exemplo imediatamente, com o que concordou o senador. Para Zambiasi, é imprescindível o cumprimento dos compromissos estabelecidos pelo Protocolo de Kyoto, em vigor desde 2005 e assinado por 175 países. Ele observou, no entanto, que são necessárias metas mais ambiciosas a partir de 2012.

- Devemos agir com rigor para que se universalize a adesão ao protocolo.
Os países industrializados que o assinam se comprometem com metas de redução de emissões de gases até 2012, mas alguns dos principais poluidores, como os Estados Unidos, não estão entre os signatários - disse.

Zambiasi lembrou que a primeira iniciativa de cunho parlamentar propondo a realização da Rio+20 foi do senador do PTB, o ex-presidente da República Fernando Collor. Recordou que Fernando Collor, quando presidente, patrocinou a realização da Eco 92, evento que trouxe à baila a questão ambiental no final do século 20.

- O século 21 exigirá dos governantes atenção especial para as diversas questões ambientais e seus impactos sociais, econômicos e políticos, pois analistas estratégicos prevêem que, se a crise ambiental se agravar, poderá gerar mais guerras do que a desencadeadas pela disputa pelo petróleo e pelas questões ideológicas - alertou o senador.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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