Sibá se diz preocupado com as alternativas energéticas capazes de evitar catástrofe ambiental

Da Redação | 04/05/2007, 14h10

O senador Sibá Machado (PT-AC) manifestou nesta sexta-feira (4) preocupação com as dificuldades que os governos de todos os países terão para encontrar matéria-prima que substitua, adequadamente, os combustíveis fósseis, entre os quais o petróleo, o carvão e o gás mineral. O parlamentar expressou essa preocupação ao falar a respeito do terceiro encontro de cientistas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), que acontece em Bangkok, na Tailândia, para discutir formas de prevenir o mundo da iminência de catástrofes naturais provocadas pelo aquecimento global.

- A Grande Gaia está com sérias dificuldades. Corremos o risco de que os seres humanos sejam varridos da face da Terra, como ocorreu com os dinossauros há sessenta milhões de anos - disse Sibá.

O senador observou, ainda, que alternativas energéticas como o biodiesel e o álcool serão insuficientes para substituir, em toda a amplitude, os produtos gerados pelos combustíveis fósseis.

O parlamentar fez uma longa explanação a respeito do efeito da emissão de gases no aquecimento do planeta e das conseqüências ambientais decorrentes desse fenômeno, para mostrar que será necessário ainda muito esforço de todos os países para encontrar substitutos para os combustíveis fósseis que sejam capazes de gerar os produtos e os subprodutos atualmente produzidos a partir do petróleo, por exemplo.

Sibá lembrou que as atuais fontes alternativas de energia que têm recebido tanto destaque - biodiesel e álcool - respondem por menos de 20% do total de energia necessário para atender às demandas energéticas do planeta. Alertou também que, após um período de interrupção de investimento em energia nuclear, essa atividade começa a ser novamente considerada uma alternativa viável. Porém, na avaliação do senador, mesmo somadas, as energias alternativas - a eólica, de biomassa, nuclear, biodiesel, entre outras - não são suficientes para substituir os combustíveis fósseis.

- Qual a matriz que poderia responder a essas perguntas? A energia produzida respeita as questões ambientais, viabiliza-se financeiramente, quem são seus proprietários e consumidores? - indagou Sibá.

O parlamentar afirmou que a questão é de ordem geoeconômica, política, ambiental, social e tem relação com a sobrevivência da própria Humanidade. Alertou ainda que bastaria a ausência de apenas um tipo de gás componente da atmosfera para haver um resfriamento da ordem de 200°C, de modo a tornar impossível a vida humana no planeta.

Outro problema apontado por Sibá em seu pronunciamento diz respeito à reação de diversos países ao domínio tecnológico brasileiro na produção de etanol, bem como à sugestão de alguns de que essa tecnologia seja compartilhada com outras nações. O senador alertou ainda sobre os possíveis danos ao meio ambiente que pode trazer a produção de etanol e biodiesel se não forem estabelecidos limites de hectares plantados com cana-de-açúcar ou outros produtos para a extração de combustíveis no Brasil. Falou também da necessidade daconscientização dos cidadãos a respeito da redução no consumo desses produtos, conforme alerta dos cientistas reunidos em Bangkok.

Em aparte, o senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) cumprimentou o senador pelo discurso e alertou para o perigo de acúmulo de dejetos humanos e do lixo produzido pelo homem.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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