Lobão comenta relatório do Ministério do Meio Ambiente sobre mudanças climáticas

Da Redação | 04/04/2007, 19h37

Em discurso no Plenário na quarta-feira (4), o senador Edison Lobão (DEM-MA) comentou o estudo Mudanças Climáticas Globais e seus Efeitos sobre a Biodiversidade: Caracterização do clima atual e definição das alterações climáticas para o território brasileiro ao longo do século 21, publicado pela Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente (MMA). A pesquisa demonstra, disse o senador, que, de 1760 até 1960, a concentração de gás carbônico na atmosfera aumentou 14,4%, índice inferior ao registrado entre 1960 e 2001, de 17%.

Para Lobão, o documento é o mais importante produzido até hoje sobre o assunto no Brasil. Ele também disse que o estudo informa que as concentrações de gás carbônico na atmosfera são as mais altas dos últimos 420 mil anos. Desde o início das medições climáticas em 1861, continuou o senador, o ano mais quente já registrado foi 1998, e o segundo mais quente foi 2005.

- Hoje é praticamente indiscutível que não se consegue justificar esse aumento na temperatura apenas com fatores de variabilidade natural do clima planetário. Em outras palavras, é indiscutível que essa alteração deveu-se à atividade predatória da humanidade - disse Lobão.

De acordo com o relatório, disse o senador, a temperatura média em 2005 ficou cerca de meio grau Celsius acima da média histórica. As conseqüências desse aquecimento global, afirmou Lobão, é o aumento de furações, ciclones, enchentes e ondas de calor ou de frio excessivos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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