Valter Pereira denuncia má gestão na Companhia de Energia Elétrica de Mato Grosso do Sul

Da Redação | 30/03/2007, 13h34

O senador Valter Pereira (PMDB-MS) denunciou, nesta sexta-feira (30), a existência de má gestão na Enersul, a Companhia de Energia Elétrica de Mato Grosso do Sul.Segundo o senador, além de cobrar a tarifa mais cara de energia elétrica de todo o Brasil, a Enersul ainda está pleiteando um aumento de 21% à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Valter Pereira fez uma comparação entre as tarifas elétricas de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, dois estados que, além de limítrofes, apresentam muitas semelhanças. Ele demonstrou, com números, que a tarifa no primeiro é 37% mais barata do que no segundo.

O senador destacou que, na próxima semana, o Conselho da Aneel apreciará o pedido de aumento de tarifa da Enersul, uma concessionária que, segundo afirmou, não fornece informações aos seus empregados e, muito menos, aos usuários.

-Será uma boa oportunidade para que a Aneel examine, com lupa, essas planilhas de custos e investimentos para proteger o consumidor de Mato Grosso do Sul -- afirmou Valter Pereira.

Ainda de acordo com o senador, a diretoria da empresa, para manter "a caixa-preta de suas contas", chegou a entrar na Justiça para não divulgar essas informações ao público e à imprensa.

Valter Pereira questionou a excessiva celeridade do processo de privatização levado adiante pelo governo Fernando Henrique Cardoso, dizendo haver um clima de desapontamento e de revolta da população diante das elevadas tarifas de energia elétrica praticadas pela Enersul.

- A privatização da energia elétrica em Mato Grosso do Sul trouxe, além de dificuldades de tarifas altas, perigo para os empregados que estão trabalhando sem segurança e em condições precárias. A qualidade dos serviços está desabando e o que aumenta é somente a ganância dos dirigentes da empresa - protestou.

Para Valter Pereira, a Aneel não está conseguindo fazer uma auditoria precisa na Enersul porque a empresa sonega informações e a Agência não dispõe de estrutura adequada para realizar uma fiscalização mais rigorosa. Ele lembrou que o poder concedente não perde sua responsabilidade quando privatiza uma empresa que presta serviços ao público.

Valter Pereira apresentou sua solidariedade ao rabino Henry Sobel, envolvido em incidente nos Estados Unidos, afirmando conhecer sua história de religioso e de homem de bem.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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