Mão Santa cita estudo de Affonso Celso Pastore para pedir urgência nas reformas trabalhista e tributária

Da Redação | 29/03/2007, 20h48

O senador Mão Santa (PMDB-PI) citou em Plenário estudo do economista e ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore, especialista em relações do trabalho, segundo o qual quem emprega conforme a lei arca com um custo adicional equivalente a 103% da remuneração de cada funcionário. O resultado de uma legislação ultrapassada, segundo o estudo, são 60% dos trabalhadores na informalidade, o equivalente a 48 milhões de brasileiros, contra 32 milhões que trabalham com carteira assinada.

- Um corte de um ponto percentual nos tributos sobre salários permitira gerar 900 mil empregos - disse Mão Santa, citando o trabalho de Pastore e pedindo urgência nas reformas trabalhista e tributária, diante do desestímulo dos setores produtivos em investirem, resultado do excesso de impostos.

Mão Santa citou a Espanha como exemplo de país que obteve sucesso na reforma trabalhista. Segundo informou, 12 anos depois de implantada a flexibilização nas relações de trabalho, houve queda na informalidade de 12% para 6% e no índice de desemprego de 24% para 8,6%.

O senador também criticou o excesso de ministérios e de cargos públicos no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O parlamentar disse que o presidente Lula tem 30 mil cargos à disposição para livre preenchimento, enquanto o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, tem 3 mil; o presidente da França, Jacques Chirac, dispõe de 300 cargos; e o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, dispõe de apenas 100 cargos.

Mão Santa voltou a criticar o sistema de saúde no governo Lula e os baixos preços pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) pelos procedimentos executados pelos hospitais conveniados, a falta de segurança pública e as deficiências da educação.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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