Azeredo afirma que investimentos em trens não têm acompanhado crescimento populacional

Da Redação | 29/03/2007, 13h00

"Há mais de uma década que os sistemas de trens no Brasil não têm passado por uma evolução necessária para acompanhar o crescimento populacional explosivo das cidades." A afirmação foi feita nesta quinta-feira (29) pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), autor do requerimento que possibilitou a realização de uma audiência públicana Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI) com o objetivo de discutir a situação em que se encontram os investimentos do governo federal nos sistemas de trens metropolitanos do país, principalmente em relação aos que serão feitos nos próximos anos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O debate com os senadores contou com a presença dos ministros do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, e das Cidades, Márcio Fortes,além do presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), João Luiz da Silva Dias, e do diretor presidente da concessionária de trens urbanos Supervia, Amim Alves Murad. Eduardo Azeredo lembrou, ao justificar seu requerimento, que a situação do transporte de massa no Brasil, não só a do metrô, mas também a de ônibus, é preocupante, pois não atende as necessidades da população.

- Em algumas cidades, como Curitiba, há o ônibus inteligente, mas nem todas seguem o mesmo padrão. Do ponto de vista de Belo Horizonte, por exemplo, com base nos dados do PAC, eu diria que não será possível fazer muita coisa na área de transporte nos próximos quatro anos - afirmou Azeredo.

Ao iniciar a reunião, o presidente da CI, senador Marconi Perillo ( PSDB-GO), explicou aos demais membros dacomissão como funciona, hoje, a rede metroferroviária do país. Segundo o parlamentar por Goiás, a rede brasileira compõe-se de 15 sistemas, que oferecem transporte a cerca de 42,5 milhões de pessoas distribuídas por 68 municípios. Os sistemas, conforme informou, são operados por oito sociedades empresárias estatais e duas concessionárias de serviço público.

- Os municípios atendidos estão compreendidos nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Recife, Salvador, Maceió, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, São Paulo, Fortaleza, Teresina, Rio de Janeiro e Brasília - explicou Marconi.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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