Suplicy exalta ideais democráticos do PCdoB

Da Redação | 28/03/2007, 17h10

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) exaltou, na sessão em homenagem aos 85 anos do PCdoB, nesta quarta-feira (28), os ideais de democracia, liberdade, igualdade e justiça preconizados pelo partido ao longo de sua existência. Ele disse ver o PCdoB como "partido irmão", com o qual tem afinidades e com o qual participou de lutas comuns.

Suplicy lembrou que aos 20 anos de idade abandonou a faculdade de Administração de Empresas para conhecer os países socialistas da Europa Oriental e Ocidental e a então União Soviética para saber se a forma de organização comunista poderia levar a um bem-estar maior da sociedade. Na volta, disse ter chegado à mesma conclusão que o PCdoB:

- O Brasil teria que seguir seu próprio caminho para o socialismo, com respeito aos seres humanos e utilizando instrumentos como os ensinados por pessoas como Mahatma Gandhi e Martin Luther King Junior - afirmou o senador.

O parlamentar aproveitou a oportunidade para defender a ministra Matilde Ribeiro, responsável pela Secretaria Especial da Presidência da República para Políticas de Promoção da Igualdade Racial, que causou polêmica na última terça-feira (27), por declarações suas extraídas de entrevista à Rádio BBC de Londres. Na entrevista, a ministra teria dito que via como natural o fato de um negro não querer conviver com um branco porque "quem foi açoitado a vida inteira não pode gostar de quem o açoitou".

Suplicy citou diversos trechos de discurso de Martin Luther King para fazer a defesa da ministra que, segundo afirmou, comunga dos mesmos ideais do PT, do PCdoB e de muitos brasileiros. Martin Luther King, ao defender os negros norte-americanos, dizia: "A maravilhosa nova militância na qual se engajou a comunidade negra não pode nos levar a desconfiar de todo o povo branco, pois muitos de nossos irmãos brancos, como evidenciado por sua presença de hoje, vieram a perceber que seu destino está inteiramente ligado a nosso destino, e vieram a perceber que a sua liberdade está inexplicavelmente ligada a nossa liberdade."

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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