Senado homenageia PCdoB, que comemora 85 anos de fundação

Da Redação | 28/03/2007, 17h09

 O Senado Federal prestou uma homenagem, nesta quarta-feira (28), ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que comemorou, no dia 25 de março, 85 anos de fundação. A homenagem foi proposta por requerimento do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE). Além de Inácio Arruda, o partido foi representado pelo seu presidente, Renato Rabelo, pelo ministro dos Esportes, Orlando Silva e pela prefeita de Olinda, Luciana Santos, que compuseram a Mesa.

Primeiro orador a discursar durante a homenagem, Inácio Arruda enumerou o que considera serem as principais contribuições do partido ao país, mencionando alguns direitos que teriam sido introduzidos na Constituição por iniciativa do PCdoB, como o direito de qualquer cidadão propor ação popular; a liberdade sindical e o direito de greve.

Já o presidente do Senado, Renan Calheiros, revelou ter sido influenciado pelo partido em sua formação ética e política e destacou a importância do PCdoB na governabilidade do país.

Outros 13 senadores discursaram homenageando a legenda: Arthur Virgílio (PSDB-AM), Leomar Quintanilha (PMDB-TO), Aloizio Mercadante (PT-SP), Serys Slhessarenko (PT-MT), Renato Casagrande (PSB-ES), Eduardo Suplicy (PT-SP), Sibá Machado (PT-AC), Ideli Salvatti (PT-SC), Cristovam Buarque (PDT-DF), Mão Santa (PMDB-PI), José Nery (PSOL-PA) e Marcelo Crivella (PRB-RJ).

História

O PCdoB se originou do Partido Comunista do Brasil, então conhecido como PCB, fundado em 1922. O antigo "Partidão", como também era conhecido, ainda originou outros dois partidos: os atuais PPS e PCB.

O Partido Comunista do Brasil foi declarado ilegal ainda em 1922. Em 1935, o PCB participou da tentativa de golpe que ficou conhecida como "Intentona Comunista" e que foi sufocada pelo governo de Getúlio Vargas. Depois do fim do Estado Novo, em 1945, o PCB voltou à legalidade e elegeu seu primeiro senador: Luís Carlos Prestes, mas foi novamente considerado ilegal em 1947.

Nos anos 60, a legenda passou a se chamar Partido Comunista Brasileiro, mas manteve a mesma sigla e posteriormente dividiu-se em dois: o Partido Comunista Brasileiro, com a sigla PCB e o Partido Comunista do Brasil, com a sigla PCdoB. A volta à legalidade, para as duas legendas, só ocorreu após o fim do regime militar, em 1985. Em 1992, ocorreu nova cisão: uma ala do PCB decidiu mudar o nome para Partido Popular Socialista (PPS), enquanto outro grupo preferiu usar a sigla PCB.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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