Arthur Virgílio destaca a luta do PCdoB contra a ditadura
Da Redação | 28/03/2007, 16h39
- Alguns partidos de esquerda, à época, sectarizaram suas posições, o que representaria um atraso no processo de transição democrática. A história condena aquela posição. O PCdoB considerado, então, de posições radicais mostrou que havia uma diferença entre ser radical e buscar a solução para os problemas sem ser sectário - elogiou o parlamentar.
Para Arthur Virgílio, se o partido tivesse agido de outra forma, Paulo Maluf teria sido escolhido pelo Colégio Eleitoral em lugar de Tancredo Neves, o que poderia ter levado a um retrocesso político, no delicado momento da transição para o retorno à democracia. O PCdoB, explicou o senador, juntamente com o PCB e o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8) foi favorável à ida ao Colégio Eleitoral para "destronar o regime militar".
Arthur Virgílio afirmou cumprir "com prazer" o dever de homenagear o PCdoB, que em "diversos momentos especiais" da luta pela democracia no Brasil esteve presente, fazendo pressão popular, como na luta para que o país se engajasse contra os países que integravam o Eixo nazifascista durante a 2ª Guerra Mundial; e nas ditaduras getulista e militar.
O senador elogiou a capacidade de reciclagem do partido que mantém seu nome ao longo de "uma história acumulada de 85 anos", sem mudar de nome, e com lideranças em todos os setores da sociedade.
- Apesar de tantas diferenças no plano econômico e administrativas, não deixaremos de estar juntos se porventura alguma nuvem ditatorial acontecer outra vez - afirmou o parlamentar, que desejou vida longa ao PCdoB.
O senador foi aparteado pelo colega petista Tião Viana (AC) que salientou que seu partido, o PCdoB e o PSDB têm responsabilidades semelhantes com a democracia, apesar das diferentes concepções programáticas. Tião Viana elogiou ainda a capacidade do PCdoB de mobilizar as massas, virtude que outros partidos de esquerda não tinham.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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