Arthur Virgílio denuncia falta de segurança para pousos em Manaus

Da Redação | 28/03/2007, 21h17

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM) denunciou nesta quarta-feira (28) a falta de segurança para decolagens e pousos no aeroporto de Manaus, em virtude de defeitos nos equipamentos utilizados nessas situações. Ao ler trecho de uma reportagem do Jornal O Estado de S. Paulo, o parlamentar amazonense disse que reforçava os resultados de investigações feitas pela jornalista Liege Albuquerque, correspondente daquele órgão de imprensa em Manaus.

Segundo a reportagem, no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, os ILS, equipamentos que permitem pousos ou decolagens quando há nevoeiros, não estão funcionando há cerca de 40 dias. A informação é de um controlador de vôo que trabalha na torre do aeroporto, que integra o Cindacta-4, e de um piloto de uma companhia aérea. Em razão dessa falha, mais de 70 pousos e decolagens sofreram atraso desde quinta-feira, quando as tempestades, comuns nesta época do ano, começaram a cair sobre Manaus.

O senador comentou também os aspectos mais gerais da crise no setor aéreo e elogiou manchete do Jornal do Brasil, que traz uma crítica ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Apagão no Brasil. Lula reclama, mas mantém responsáveis. Dá prazo para resolver a questão, e a Infraero repete que não há prazo".

- Setores da oposição têm fingido que querem apurar o 'apagão', e, na verdade, querem apurar a corrupção na Infraero. E o governo finge que tem medo da apuração do 'apagão' quando, na verdade, teme é a apuração da podridão interna na Infraero - disse Arthur Virgílio, que chamou a atenção para a maneira rápida como a presidenta do Chile, Michelle Bachelet, resolveu uma crise no transporte coletivo de Santiago, a capital chilena, demitindo quatro ministros.

Para o senador do PSDB, o presidente Lula tem dificuldade de demitir o ministro da Defesa, Waldir Pires, porque o ministro é um líder popular e os comandantes das Forças Armadas - Marinha, Aeronáutica e Exército - querem mantê-lo por ser extremamente cômodo conviver com um ministro fraco, que não se faz obedecer.

- Vejo uma crise de liderança no país. O país está funcionando precariamente. Essa reforma ministerial demorou 150 dias, desde a posse do presidente Lula, e não apresentou nenhum primeiro time - afirmou.

Aplausos

Arthur Virgílio apresentou voto de lembrança em homenagem à memória de Isaac Benayon Sabbá, que há cinqüenta anos fundou a Refinaria de Petróleo da Amazônia; voto de aplauso à Universidade Luterana do Brasil - Ulbra, por completar, neste mês, 30 anos de existência no país e 15 anos no Amazonas; e voto de aplauso à Revista Amazon View, "por mais um aniversário".

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

MAIS NOTÍCIAS SOBRE: