Agripino diz que CPI do Apagão Aéreo será instalada no Senado, se Supremo negar sua abertura na Câmara

Da Redação | 28/03/2007, 20h19

O senador José Agripino (RN), líder do PFL - partido que, a partir desta quarta-feira (28), passou a se chamar Democratas -, afirmou que, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) negue provimento ao recurso ajuizado pelos deputados da oposição para garantir a instalação da CPI do Apagão Aéreo na Câmara, seu partido irá se mobilizar para apresentar, no Senado, um novo requerimento de instalação "que não admita contestação".

- Colheremos as assinaturas em uma manhã. O fato determinado está em todos os aeroportos do país. Se não fizermos essa CPI, a população jogará nas nossas costas uma responsabilidade que é do presidente da República - disse.

Segundo Agripino, a CPI deverá investigar, por exemplo, por que apenas R$ 6,9 milhões, dos R$ 549,8 milhões alocados para a rubrica "proteção ao vôo e segurança do tráfego aéreo" em 2007 - ou seja, apenas 1% -, foram efetivamente destinados ao seu fim até o dia 27 de março, segundo dados do Sistema Integrado de Acompanhamento Financeiro (Siafi).

O parlamentar se disse preocupado com o "faz de conta do governo" e acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de estar sistematicamente transferindo responsabilidades desde a eclosão da crise do setor aéreo. Ele criticou, por exemplo, o fato de o presidente estar pedindo um "diagnóstico" do problema agora, quando já havia solicitado a mesma providência em dezembro, sem obter resultado algum.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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