"É hora da cobrança", diz Arthur Virgílio em relação ao governo Lula

Da Redação | 27/03/2007, 19h15

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), informou nesta terça-feira (27), em Plenário, que a bancada do PSDB decidiu "encarar de maneira mais dura" o governo Luiz Inácio Lula da Silva. Para o senador, chegou a "hora da cobrança" quanto às ações do governo federal, principalmente nas áreas da aviação comercial e da segurança pública.

- Advirto ao presidente da República de que a partir de agora teremos uma conversa em um tom diferente de que a tivemos nos momentos anteriores - avisou.

O líder do PSDB disse que o seu partido vai se empenhar na investigação dos "fatos visivelmente delituosos ligados à Infraero [Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária]". Ele afirmou que o chamado "apagão aéreo" tem prejudicado tanto executivos, quanto pessoas doentes e turistas.

- Se não aqui, na outra Casa ou nas duas Casas conjuntamente, mas vamos partir à investigação do que acontece na Infraero - garantiu o líder.

Arthur Virgílio também cobrou do governo federal ações para combater a violência no país. Ele indagou sobre as penitenciárias prometidas pelo ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e sobre as ações de segurança pública prometidas pelo presidente da República.

- Nós não agüentamos mais o jogo de empurra. Não agüentamos mais as omissões. O que se fez para enfrentar a horda e a onda de insegurança que abate este país? O que se fez para impedir que aconteçam novos momentos de sobressalto? - indagou.

O senador também acusou o governo Lula de ser um "governo sem programa, sem projeto, sem linha estratégia, governo que nomeia por ordem dos partidos". Para Arthur Virgílio, o presidente Lula praticou fisiologismo para definir a reforma ministerial

- Nomeia para cá se tiver o cargo tal, se não tiver o cargo tal, não aceito. Nomeia para acolá desde que seja de porteira fechada - essa linguagem de fazenda, essa linguagem de desrespeito aos princípios republicanos - condenou o senador.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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