Senado poderá debater compra da Ipiranga por consórcio liderado pela Petrobras

Da Redação | 26/03/2007, 14h25

O Senado poderá debater, em audiência pública, a compra do Grupo Ipiranga pelo consórcio formado por Petrobras, Braskem e Ultra, anunciada oficialmente na segunda-feira passada (19). O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou requerimento solicitando a reunião, a ser promovida de forma conjunta por três comissões: de Assuntos Sociais (CAS), de Assuntos Econômicos (CAE) e de Serviços de Infra-Estrutura (CI). O Grupo Ipiranga atua no setores de distribuição de combustíveis e petroquímico, entre outros.

Na semana passada, Paim declarou em Plenário que sua expectativa é de que a transação não resulte em demissões e que o Rio Grande do Sul não saia prejudicado.

- Esperamos que a operação possa gerar novos postos de trabalho e mais arrecadação para o estado - afirmou ele.

Caso a audiência seja confirmada, devem ser convidados representantes da Petrobras, da Braskem, da Ultra e da Ipiranga, além dos presidentes do Sindicato dos Petroleiros e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas de Triunfo (RS).

O requerimento para a realização da audiência foi assinado pelos três senadores que representam o Rio Grande do Sul: além de Paulo Paim, Pedro Simon (PMDB) e Sérgio Zambiasi (PTB). A solicitação já foi aprovada pela CAS, no último dia 21, e ainda será votada na CAE e na CI.

Transação de US$ 4 bilhões

Conforme foi divulgado à imprensa, a operação envolveria o pagamento de cerca de US$ 4 bilhões por todas as ações do grupo Ipiranga. Na segunda-feira passada, Paim destacou em Plenário que, de acordo com informações da própria Petrobras, essa estatal assumiria a rede de distribuição de combustíveis da Ipiranga nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, enquanto ao grupo Ultra caberia a rede de distribuição nas Regiões Sul e Sudeste.

Ainda de acordo com o registro do senador, também caberiam à Petrobras 40% dos ativos do Grupo Ipiranga no setor de petroquímica; os outros 60% seriam destinados à Braskem - a qual, além disso, "reforçará" sua posição no controle da Companhia Petroquímica do Sul (Copesul). Já o controle da Refinaria Ipiranga seria igualmente dividido entre as três compradoras.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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