ACM chama construção da nova sede do TSE de "escândalo sem limite"

Da Redação | 26/03/2007, 17h57

O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) criticou em Plenário a decisão do ministro Marco Aurélio de Mello, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de levar adiante a construção da nova sede do tribunal, orçada, conforme matéria publicada pelo jornal O Globo na edição do último domingo (25), em R$ 335 milhões.

- Vejam o escândalo que é essa sede. Um belo monumento de Oscar Niemeyer, mas muito caro para uma Justiça precária como a brasileira - criticou o parlamentar baiano, chamando a atenção para a coincidência do valor da proposta vencedora com o custo da obra previsto no edital, de R$ 330 milhões.

ACM registrou que, caso a medida tivesse sido tomada pelo Congresso, já teria se tornado um escândalo capaz de paralisar suas atividades.

- Ele [Marco Aurélio Mello] deveria paralisar esse projeto para ser coerente com as críticas que tem feito ao Legislativo, muitas delas com razão - afirmou o senador.

O senador informou que a futura sede do TSE terá preço superior ao que foi pago para construir as sedes do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal Superior do Trabalho (TST), consideradas as construções mais caras do Judiciário, conforme reportagem de O Globo.

Na opinião do senador, é preciso dar mais força ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para que esse possa corrigir muitos erros cometidos por tribunais de Justiça no país.

O senador recebeu aparte do colega Pedro Simon (PMDB-RS), para quem háuma certa vaidade e uma disputa entre os tribunais superiores para ver quem constrói a sede mais bonita. Para ele, diante do momento de crise moral, ética e política vivido pelo Brasil, seria necessário fazer algo para trazer os ministros do TSE à realidade vivida pelo povo brasileiro. ACM também foi aparteado pelo senador Mão Santa (PMDB-PI).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

MAIS NOTÍCIAS SOBRE: