Senado homenageia Darcy Ribeiro na passagem dos dez anos de sua morte

Da Redação | 21/03/2007, 14h39

O intelectual e político Darcy Ribeiro foi homenageado pelo Senado Federal, em sessão especial realizada nesta quarta-feira (21).A proposição foi apresentada pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) com o objetivo de assinalar a passagem dos dez anos da morte do antropólogo e educador, que se notabilizou pela permanente luta em defesa do ensino público gratuito e de qualidade.

No desempenho do mandato de senador, Darcy Ribeiro foi o relator da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a LDB - Lei 9.394, de 1996. Também conhecida como Lei Darcy Ribeiro, a LDB define as linhas mestras do ordenamento da educação no país. Além dos princípios educativos, especificou níveis e modalidades de ensino, estrutura geral e funcionamento.

Darcy Ribeiro foi um dos responsáveis pela criação da Universidade de Brasília (UnB), no início dos anos 60, nela atuando como primeiro reitor. Foi também o idealizador dos Centros Integrados de Educação Pública, os Cieps, escolas de turno integral implantadas no Rio de Janeiro e que serviram de modelo para projetos similares em todo o país.

Como político e gestor, foi ministro da Educação no gabinete de Hermes de Lima e, em seguida, chefe da Casa Civil de João Goulart, permanecendo no cargo até a deposição do presidente, quando partiu para longo exílio. Também foi vice-governador do Rio de Janeiro, de 1993 a 1987. Foi eleito senador em 1991 e exerceu o mandato até sua morte, em 17 de fevereiro de 1997.

Membro da Academia Brasileira de Letras, Darcy Ribeiro é autor de extensa obra, envolvendo estudos de etnologia e antropologia, livros sobre educação, ensaios e também romances. Fazem parte dessa produção obras referenciais sobre o pais, como O povo brasileiro - A formação e o sentido do Brasil, de 1995.

Darcy Ribeiro nasceu na cidade mineira de Montes Claros, em 26 de outubro de 1922. Personalidade dinâmica e sempre disposto ao debate, defendia suas idéias sempre com paixão. Afetado por lento processo canceroso, comoveu o país pela sua vontade de viver e de produzir até o final.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

MAIS NOTÍCIAS SOBRE: