Lúcia Vânia defende derrubada de vetos de Lula em projetos da Sudene e da Sudam

Da Redação | 20/03/2007, 18h40

A senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) fez um apelo nesta terça-feira (20) pela mobilização de todos os senadores e senadoras para apreciar os mais de 500 vetos presidenciais a projetos aprovados pelo Congresso Nacional. Ela lembrou que, após reunião com as bancadas do Norte, Nordeste e Centro Oeste, o presidente do Senado, Renan Calheiros, comprometeu-se a apreciar e votar os vetos presidenciais relacionados à Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e à Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

- Chegamos ao limite. Os vetos impostos pelo governo atingem diretamente a alocação de recursos nas duas superintendências, mutilando o seu funcionamento. Na verdade, se o Congresso não apreciar os vetos e não derrubá-los, Sudam e Sudene não passarão de estruturas de papel, sem autonomia para funcionar - afirmou.

Lúcia Vânia também criticou a demora do presidente Lula em fazer a reforma ministerial. Ela disse que a reforma trouxe à tona prognósticos preocupantes sobre os próximos quatro anos de governo e que a declaração de Lula durante o anúncio dos novos ministros da Educação e da Saúde foi considerada "infeliz e até mesmo desrespeitosa para com a Nação".

Na ocasião, Lula disse que "com saúde e educação a gente não brinca, a gente não partidariza e a gente monta o governo com as pessoas que têm competência, com as pessoas que têm capacidade de montar um bom governo".

- Para muitos, a expressão mostrou bem quais são os objetivos do presidente neste segundo mandato: afora educação e saúde, nas demais pastas devem ser acomodados o maior número possível de acólitos, com cargos e verbas, para garantir a maioria parlamentar de que tanto necessita o presidente Lula no Legislativo - assinalou.

A senadora disse que Lula terminou o primeiro governo sem uma verdadeira mudança na gestão do país e que a estabilização da economia, a moeda forte e a queda da inflação foram conquistas do Plano Real. Ela observou que Lula apenas deu continuidade ao que vinha sendo praticado nos dois mandatos do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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