Simon homenageia dom Ivo Lorscheiter

Da Redação | 19/03/2007, 20h20

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) lamentou a morte do arcebispo dom Ivo Lorscheiter e prestou-lhe homenagem nesta segunda-feira (19) assinalando que o religioso é "um daqueles seres humanos imortais pela obra que deixam e pela falta que fazem".

- Eu, às vezes, fico me perguntando, por que Deus retira do front os seus melhores soldados, tão precocemente? - indagou o senador.

Simon afirmou que "guerreiros da fé e da esperança", como dom Ivo, "em um mundo de tanta barbárie, terão sempre morte prematura". Ele frisou que "não importa a idade", pois "esses guerreiros mantêm constante a garra dos recém-convocados".

Simon lembrou a atuação de dom Ivo durante o regime militar, quando defendeu os perseguidos políticos e impediu mortes prematuras. O senador também destacou a carreira do clérigo na Igreja Católica, na qual ocupou os cargos de secretário-geral e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) num momento difícil da história brasileira.

- Não se curvou jamais frente aos donos e aos inquilinos do poder. Olhou nos olhos. Denunciou masmorras. Localizou desaparecidos políticos - enfatizou Simon, acrescentando que dom Ivo "era um soldado da paz e sua arma era a justiça".

Simon lembrou que o religiosos costumava repetir um provérbio africano: "Muita gente pequena, em lugares pequenos, fazendo coisas pequenas, mudarão a face da Terra".

Collor

Simon anunciou que, na próxima quarta-feira (21), fará um discurso em Plenário em que pretende revelar sua análise pessoal sobre o pronunciamento feito pelo ex-presidente e atualmente senador Fernando Collor (PTB-AL). Ele disse que, como integrante do Senado Federal à época do processo de impeachment, tem a obrigação de falar.

O senador também comentou a escolha do deputado Odílio Balbinotti (PMDB-PR) e a sua posterior desistência do cargo de ministro da Agricultura. Simon afirmou que, antes de indicar alguém, o partido deveria ter investigado a vida pública do indicado, o que também deveria ter sido feito pelo governo.

- Meu partido errou: não poderia tê-lo indicado; e o presidente Lula, de quatro nomes indicados, escolheu o que não devia. Que bom que aconteceu antes da posse - concluiu.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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