Garibaldi Alves critica ação da base governista contra a CPI do Apagão Aéreo na Câmara

Da Redação | 09/03/2007, 13h21

Em discurso no Plenário nesta sexta-feira (9), o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) afirmou que a oposição sentiu-se tolhida no seu papel de fiscalização do Poder Executivo por ter sido impedida de criar a chamada "CPI do Apagão Aéreo " na Câmara dos Deputados.

- Durante a discussão a respeito da criação de uma CPI do Apagão Aéreo, a oposição se sentiu diminuída pelo fato de que aquelas prerrogativas concedidas à oposição para a criação da CPI não foram devidamente observadas - declarou Garibaldi Alves.

O senador referiu-se à mobilização da base governista para suspender a instalação da CPI, cujo requerimento de criação já contava com211 assinaturas (40 a mais do que o número necessário). O Plenário da Câmara aprovou na última quinta-feira (8) o pedido do líder do PT, deputado Luiz Sérgio (RJ), para que a instalação da comissão fique suspensa até que a CCJ julgue recurso apresentado por ele contra decisão da Mesa que, em sessão anterior, não acatara sua questão de ordem contra a criação da CPI. O deputado argumentou, na questão de ordem, que o requerimento de criação da comissão não citava o prazo previsto para os trabalhos e o número de integrantes.

Garibaldi disse que sempre viu na comissão parlamentar de inquérito (CPI) um instituto democrático para fazer prevalecer o exercício da fiscalização, pelo Legislativo, do Executivo.

O senador disse também que ficou preocupado com o episódio em torno instalação da CPI do Apagão Aéreo na Câmara, porque, durante a discussão, foi citada, de forma jocosa, a CPI dos Bingos da qual foi relator.

- Ninguém se responsabilizou pela declaração, mas foi citada a CPI dos Bingos. Novamente, houve aquela interpretação jocosa, querendo diminuir o papel de uma CPI, dizendo que ela era a "CPI do Fim do Mundo" - informou o senador.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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