Mário Couto transmite explicações sobre atraso na construção de hospital Sarah Kubitschek em Belém

Da Redação | 08/03/2007, 17h12

Em discurso no Plenário nesta quinta-feira (8), o senador Mário Couto (PSDB-PA) comunicou ter recebido correspondência da diretora do Centro de Reabilitação Infantil Sarah Kubitschek do Pará, Lúcia Braga, informando que a demora na inauguração do hospital não se deu por motivos financeiros, mas por questionamentos, por parte dos ministérios públicos federal e estadual, quanto à regularidade da localização do terreno no qual o centro está em construção.

Em meados do mês passado, o senador havia cobrado explicações quanto à demora. Depois da correspondência recebida, Mário Couto informou ter entrado em contato com o Ministério Público Federal e com o Ministério Público do Estado do Pará.

- Parece que a solução está bem próxima. Em breve vamos trazer notícias dos ministérios públicos. O centro de reabilitação é de fundamental importância para a saúde do povo e das crianças do Pará - afirmou.

Mário Couto agradeceu à diretora do centro pela correspondência e também aos senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Paulo Paim (PT-RS) por terem se colocado à disposição do hospital. Na carta, a diretora explicou que o terreno para a construção do centro foi doado pelo governo do estado do Pará em março de 2002, e a construção foi iniciada no mês seguinte. Por falta de recursos financeiros, as obras foram suspensa em dezembro de 2002.

Em 2005, continuou a diretora do hospital, houve a tentativa de reinício das obras, quando então a Rede Sarah de Hospitais foi informada dos questionamentos dos ministérios públicos. A obra não foi embargada, mas o Ministério da Saúde e a Rede Sarah decidiram aguardar a conclusão das avaliações dos ministérios públicos para poderem das seqüência à construção.

Também em aparte, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) elogiou o discurso de Mário Couto e cobrou a conclusão de outras obras no Pará, como a conclusão da rodovia Santarém-Cuiabá.

Tráfico de mulheres

Mário Couto lamentou que o tráfico de mulheres no Brasil tenha aumentado nos últimos anos. Citando informações do Ministério da Justiça e da Organização das Nações Unidas (ONU), o senador disse que o tráfico de mulheres pelo mundo já é o terceiro negócio ilícito mais rentável do planeta, ficando atrás apenas do narcotráfico e do contrabando de armas.

O parlamentar paraense disse que, anualmente, 70 mil mulheres brasileiras são "exportadas". No mundo, acrescentou, o crime movimenta recursos da ordem de US$ 30 bilhões anuais.

- Cada mulher 'exportada' custa US$ 30 mil. Elas viram escravas, ficam discriminadas pela sociedade e são obrigadas a pagar os US$ 30 mil. Os aliciadores fazem delas o que querem - lamentou.

O senador adiantou que vai apresentar um projeto de lei para inserir um inciso na chamada Lei da Lavagem de Dinheiro (Lei 9.613/98), incluindo o tráfico de mulheres, adolescentes e crianças.

Em aparte, o senador Paulo Paim (PT-RS) anunciou que a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), da qual é presidente, deve realizar uma audiência pública para discutir o tráfico de mulheres.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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