ACM diz que transporte de presos consome R$ 1,4 bi por ano

Da Redação | 06/03/2007, 18h06

O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) anunciou que nesta quarta-feira (7), a partir das 10h, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) deliberará sobre a proposta de emenda à Constituição que cria o Fundo de Combate à Violência e Apoio às Vítimas da Criminalidade (PEC 5/07), de sua autoria. Ele acrescentou, a propósito, que os gastos do governo com o transporte de presos para audiências em 2006, R$ 1,4 bilhão, corresponde à metade dos recursos que ele propôs para integrar o fundo: R$ 3 bilhões anuais.

- Registre-se que esse gasto vai continuar até que a Câmara dos Deputados vote projeto já aprovado pelo Senado que inclui a possibilidade desses criminosos participarem das audiências através de videoconferências - afirmou Antonio Carlos.

O senador também citou artigo do jornalista Washington Novaes, intitulado "Um novo desfile e a nova fantasia", sobre a transposição das águas do Rio São Francisco. O jornalista informa que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou a licença prévia para o início das licitações das obras sem o cumprimento dos requisitos iniciais exigidos.

Antonio Carlos também solidarizou-se com o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim, que anunciou sua desistência de disputar a presidência do PMDB na eleição que estava marcada para o próximo domingo. Atribuindo a desistência à retirada do apoio à candidatura por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o parlamentar disse que o presidente da República "tem o hábito de abandonar seus aliados quando pressente a iminência de uma derrota".

Prometendo um pronunciamento logo após o presidente anunciar o Ministério que o acompanhará neste segundo mandato, Antonio Carlos antecipou que a tendência é que o nível dos ministros seja inferior ao que está deixando o poder.

- Fiquemos atentos às roubalheiras, pois elas vão existir. Ele [Lula] não consegue trabalhar de outra maneira. É o seu estilo. Se cerca de uma porção de malandros, os malandros trabalham para ele, e ele diz que não tem nada com isso - disse Antonio Carlos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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