Papaléo defende discussão de soluções para o combate ao aquecimento global

Da Redação | 05/03/2007, 18h17

 O senador Papaléo Paes (PSDB-AP), em discurso nesta segunda-feira (5), enfatizou a necessidade de discussão de possíveis soluções para o combate ao aquecimento global, tendo em vista as conclusões do relatório apresentado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), cujos resultados apontam efeitos alarmantes do acúmulo de gases causadores do efeito estufa.

Papaléo destacou a criação, no dia 14 de fevereiro, no Congresso Nacional, da Frente Parlamentar Ambientalista, e de duas subcomissões formadas no âmbito das Comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) e de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).

Entre os compromissos da Frente Parlamentar Ambientalista, o senador destacou a luta pela implementação dos acordos internacionais relativos à preservação do meio ambiente de que o Brasil é signatário; uma atividade legislativa propositiva e atuante no sentido de aperfeiçoamento da legislação ambiental, concebendo também instrumentos econômicos visando à consecução dos objetivos da política nacional do meio ambiente;
a fiscalização da destinação dos recursos ligados à proteção ambiental, como os da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide); e o acompanhando da implementação de obras públicas com o fim de assegurar o cumprimento da legislação ambiental.

Papaléo salientou que os Estados Unidos, que até há pouco se mostravam resistentes a colocar em prática o Protocolo de Kyoto, de redução da emissão de gases poluentes na atmosfera até 2015, começam a adquirir consciência de que há uma ameaça real à vida na Terra. O parlamentar assinalou a tomada de consciência dos Estados Unidos, demonstrada pelo interesse do presidente norte-americano George W. Bush pelo biocombustível produzido no Brasil, como um sinal de mudanças acerca da importância da questão ambiental.

- Parece que as coisas começam a mudar. O interesse do presidente norte-americano, George Bush, pelo biocombustível brasileiro parece ter algo mais que a pressão econômica do preço do petróleo; do fracasso militar da invasão do Iraque; e das dificuldades econômicas na América Latina, decorrentes da política agressiva do presidente venezuelano Hugo Chávez - disse Papaléo.

Papaléo observou ainda que, embora o relatório do IPCC não coloque o Brasil entre os principais países poluidores, o país figura entre os cinco de maior emissão de CO2, em função das queimadas na Amazôniam, e deve adotar medidas urgentes para o combate ao aquecimento global.

O senador foi aparteado pelos colegas Leomar Quintanilha (PMDB-TO) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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