Garibaldi pede obras em assentamento potiguar

Da Redação | 05/03/2007, 20h18

Apesar da construção, pelo governo federal, de uma escola e um posto de saúde no Projeto de Assentamento Eldorado dos Carajás II, antiga Fazenda Maisa (Mossoró Agroindustrial S.A.), o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) disse que muito ainda há de se fazer para que o assentamento deixe de funcionar de forma precária. Ele cobrou principalmente apoio do governo federal para que as fábricas da Maisa sejam restauradas e os assentados possam agregar valor à sua produção.

- As fábricas estão totalmente abandonadas. O governo federal não ajudou a criar uma cadeia produtiva para que, por exemplo, a produção de caju e de acerola possa desembocar no beneficiamento de tudo que diz respeito ao caju e no aproveitamento da polpa da acerola - afirmou Garibaldi.

O senador potiguar informou que 19.500 hectares foram desapropriados em Mossoró, região Oeste do Rio Grande do Norte, para a implantação do Eldorado de Carajás II. Em vez do grupo privado que controlava a Maisa, foram instaladas associações de pequenos produtores. Na avaliação de Garibaldi, os novos proprietários do empreendimento não terão condições de reerguer o projeto sem o apoio governamental.

Garibaldi registrou ainda que as vilas Real e Montana, que fazem parte do assentamento, carecem inclusive de água para a irrigação. Ele revelou que a água para o consumo humano está chegando no local por meio de caminhões-pipa. Quando a empresa funcionava, a água era retirada de poços profundos, mas a manutenção dos equipamentos era cara.

Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) manifestou o desejo de visitar o projeto de assentamento para conhecer a realidade local e cobrar do governo apoio para resolver os problemas. Ele transmitiu informação do Ministério do Desenvolvimento Agrário que prevê a produção, nos próximos 30 dias, de 30 toneladas de acerola, e, até o final do ano, 200 toneladas da fruta.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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