Brasil precisa discutir aquecimento global, diz Casagrande

Da Redação | 05/03/2007, 20h50

O senador Renato Casagrande (PSB-ES) afirmou nesta segunda-feira (5), em Plenário, que o Brasil precisa se engajar na discussão de propostas de combate ao aquecimento global. Na sua opinião, o país poderia lucrar com a produção de biocombustíveis, tendo em vista que muitos países afetados por mudanças climáticas vêm manifestando interesse na adoção de programas alternativos de geração de energia.

Casagrande e a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) participaram em fevereiro, em Washington, de um seminário parlamentar que discutiu as mudanças climáticas globais, durante encontro promovido pelo G8+5, grupo que reúne os oito países mais desenvolvidos do mundo e cinco nações emergentes (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Rússia, além do Brasil, China, Índia, México e África do Sul).

O parlamentar lembrou que o governo norte-americano vem sofrendo pressões do Congresso e da sociedade para que adote políticas que objetivem reduzir a emissão de gases que causam o efeito estufa. O Congresso norte-americano está discutindo um projeto que estabelece metas de redução da emissão dos gases poluentes, frisou, enquanto a Europa e o Japão já estão estabelecendo metas para 2020 e 2030.

Para Casagrande, o governo brasileiro não pode ficar indiferente diante dos esforços de outros países na análise das mudanças climáticas provocadas pela atividade humana.

- O governo não pode ficar no discurso vingativo de que nós, por não termos tido o desenvolvimento dos outros países, por não termos ainda destruído nossas florestas nem emitido a quantidade de gases para a atmosfera com as nossas indústrias, poderemos adotar essas medidas - afirmou

O Brasil, na opinião do senador, pode dar o exemplo e até lucrar com o comportamento adequado nessa área, especialmente com relação ao biocombustível e à geração de eletricidade, porque a matriz energética brasileira é limpa.

- Se ela é limpa, nós temos condições de capitalizar e aproveitar para que o Brasil tenha sucesso nesse programa - afirmou.

Beira-Mar

Em seu discurso, Casagrande criticou o aparato promovido no último final de semana, no estado do Espírito Santo, com a transferência de Fernandinho Beira-Mar para a participação de uma audiência em um município do interior do Rio de Janeiro. Ele pediu que a Câmara dos Deputados aprove com urgência projeto de lei de autoria do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) que prevê a realização de oitivas com presidiários por meio de videoconferência.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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