Flexa Ribeiro lamenta comemoração do governo Lula em torno do PIB

Da Redação | 01/03/2007, 20h21

O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) afirmou que o governo Luiz Inácio Lula da Silva deveria lamentar, e não comemorar, o crescimento de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2006, já que a projeção da equipe econômica sinalizava para um crescimento em torno de 5%. O parlamentar também apontou o alto custo amargado pelo governo federal e pelo país com a contínua desvalorização do real frente ao dólar.

Se o governo teve um gasto de R$ 8,3 bilhões para manter as reservas internacionais em 2006, Flexa Ribeiro adverte, com base em matéria do jornal O Globo, que esse custo poderá chegar a R$ 12,5 bilhões em 2007. O senador pelo Pará mostrou-se preocupado com o impacto da discrepância do valor do real frente ao dólar nas exportações brasileiras e reivindicou, em seguida, ajuste nos gastos públicos para reduzir o peso da carga tributária sobre o contribuinte.

De acordo com Flexa Ribeiro, a carga tributária cresceu 10% no primeiro mandato do presidente Lula. Em 2006, teria chegado a representar 38,80% do PIB, segundo projeção do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) citada em matéria do jornal Folha de S. Paulo.

Para que o país assista ao "espetáculo do crescimento" anunciado pelo governo Lula, o representante do Pará considera fundamental concluir a reforma tributária, estimular investimentos privados produtivos, fortalecer as agências reguladoras e reduzir a taxa de juros. Na ocasião, Flexa Ribeiro também anunciou que irá votar contra medida provisória que estabelece a doação de US$ 20 milhões do Brasil à Bolívia.

Em aparte, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) elogiou a postura respeitosa da oposição nas críticas ao governo Lula. Já o senador Mão Santa (PMDB-PI) disse que o governo não pode ter uma estrutura grande demais, sob pena de manter uma carga tributária alta para financiá-lo. Além de reclamar da carga tributária elevada, o senador Cícero Lucena (PSDB-PB) queixou-se de que o excesso de arrecadação não é dividido equilibradamente pela União com estados e municípios.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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